quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

ADEUS SOBRADINHO 2

O bis.

A porta indicada mais uma vez.

"IM" sempre teve seus prediletos.

A verdade é que nunca estive entre eles.

Numa outra vez, explico a história melhor.

ADEUS SOBRADINHO 1

Lá fui embora, na primeira vez, com um pouco mais de vinte anos!

Convidada a me retirar depois de um dia exaustivo de trabalho.

Qualquer dia é conto em detalhes.

f-ElizA-niver-Sá-Rio!

f-ElizA-niver-Sá-Rio!

Para Rita Lee e Pedro Lee!!!

VoVó ELISA ADVERTE: "FUMAR NÃO FAZ BEM AO MINISTÉRIO DA SAÚDE!"

Para se gostar de fazer amor.
Ou qualquer coisa semelhante.
É preciso querer sonhar.
Ou ser um bom amante.

Amante de um bom violão.
Amante de uma boa canção.

Se for por alguém criticado.
Tente não perder a calma.
Acenda um simples cigarro.
E satisfaça sua alma.

PARABÉNS! VOCÊ ESTÁ SENDO FILMADA!

Algum tempo atrás, escrevi sobre a ternura, um sentimento que invade.

Escrevi, também, ser meu desejo o de fazer parte de pensamentos.

Pedi para um poeta que chorasse seus sonhos não gerados.

De que nunca esquecesse de que um dia só teria amado.

Foram muitas as vezes que, sentindo muito, rasguei meus versos.

Abdiquei de sonhos em virtude de pedidos dos fracassados.

Não posso desistir de mim ou de sonhar.

Trajadas como hippies, lá iamos para as feiras-de-artesanato.

Aprendemos a fazer bolsas, carteiras, cintos e outros babados.

Trabalhavamos aos domingos, sábados e feriados.

Rita Lee, sorria muito.

Um Feliz Aniversário.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

AEIOU

De Noel Rosa e Lamartine Babo

Uma, duas, angolinhas
Finca o pé na pampulinha
Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar
Dabliú, dabliú
Na cartilha da Juju, Juju
Dabliú, dabliú Na cartilha da Juju, Juju A Juju já sabe ler, a Juju sabe escrever
Há dez anos na cartilha
A Juju já sabe ler, a Juju sabe escrever
Escreve sal com cê-cedilha!
Sabe conta de somar, sabe até multiplicar
Mas, na divisão se enrasca
Outro dia fez um feio
Pois partindo um queijo ao meio
Quis me dar somente a casca!
Sabe História Natural, sabe História Universal
Mas não sabe Geografia
Pois com um cabo se atracando
Na bacia navegando, foi pra Ásia e teve azia

Fonte: http://letras.terra.com.br/

SÃO OS VOTOS!

De que o ano de 2010 seja melhor que o de 2009.

É o que esperam as Flexinhas que estão no planeta.

SESSÃO SORRIA!

Se você declarar seu amor por mim.

Vou saltar, fugir ou sorrir.

A culpa não é desta lua conjunto ao netuno.

Nem deste júpiter, o exacerbado, no aquário.

Desculpe-me, culpada é a astrologia.

SORRIA! SOU MESMO RIDÍCULA! E DAí?

Meu professor, o prêmio "Nó", fazia questão de repetir que "para ser um doutor em todas as ciências seria indispensável conhecer a definição das palavras. Compre um dicionário", recomendava.


Brinquei bastante ao lado da "IM", que gostava de decifrar palavras cruzadas e nos perguntava sobre o conceito disto ou daquilo mas, quando perguntava algo para o "HM", a resposta sempre era a mesma: "Consulte o pai dos burros!".


E lá ia a "EM" perguntar ao cavalo: "qual o conceito de patada?!?"


Minha irmã mais velha foi mais longe, deixou a coleção Rebeca de lado, pensou em antônimos e sinônimos e criou um dicionário.


Rá, rá, rá!


Já "WM" gostava de indicar sua irmã, sorrindo, ao vê-la com o "cavalo" nas mãos. "Regina" ficava decorando palavras e definições contidas no seu dicionário, enquanto eu e "WM" no sofá da sala namorando.


O sofá sempre é parte no cenário.


O baú, também.


Não é o marimbondo mas uma pomba é que está fazendo um ninho em meu telhado.


Estava aqui pensando sobre um trabalho de pesquisa que fiz tempos atrás. No meio do trabalho, de pesquisadora ou "entrevistadora", virei verificadora. O assunto era um produto de higiene pessoal: o "aquisi".


Entretanto, dentro de uma visão "xa, xe, xi, xo, xu", eu pronunciava "axé" e não "aquisi". A minha pronúncia foi motivo de deboche por todas as salas do instituto de pesquisa. Verificando os dados da entrevista através do telefone, todos me ridicularizaram ao corrigirem a minha santa ignorância na pronúncia do "axé".


Nossa!


Onde já se viu falar "axé", entrevistadores, supervisores e dono de instituto me ridicularizavam! Minha lua conjunto netuno exacerbada por Júpiter ficou triste e chorou muito neste dia.


Meses depois, o "axé", que naquele dia ainda não era notícia de ritmo musical na Bahia, foi reintroduzido no cenário musical, virando moda. Alguns questionaram se meu erro de pronúncia teria alguma relação com aquilo que titulam de, digamos, "em sintonia" com o que estaria acontecendo nos bastidores da música.


Poucos têm conhecimento mas o "axé" também é filosofia de vida, além de saudação religiosa, existindo bem AC do "aquisi" e do "axé da Bahia".


Música se misturando com religiões ou filosofias de vida!


Antenada ou em sintonia.


Se já existia, foi reintroduzido, não introduzido, no cenário musical.


Sempre que alguém tenta ridicularizar ou desdenhar o que faço, me recordo do que aprendi nas carteiras de "Isabel" em respeito da pronúncia do "xa, xe, xi, xo, xu" e de que o "axé", que já existia, extrapolou os limites da Bahia.


Rá, rá, rá!


Na verdade, diria a revisora "Maria Luisa", a minha tia: "não coloque acento agudo no "é" do "axe". Segundo seus ensinamentos, este acento é, que acentuado é verbo, dispensável em se considerando a própria pronúncia do "e" que se faz presente nas vogais "a, e, i, o, u". Quando pronunciamos o "a, e, i, o, u", o som do "e", o que é natural nas vogais, já tem a sonorização do acento agudo.

À exceção do "é" verbal, "Maria Luisa" tinha como mais profundo desejo derrubar todos os acentos no "e" vogal. Dizia que era acento desnecessário, etetera e tal.


Nasce, então, uma reforma ortográfica, para retirar o acento pelo menos do ritmo musical.


E se é ritmo musical, o "axe", sem acento, é melhor para dançar!


Rá, rá, rá!


Não sei se o "Ziriguidum Tcham" de Sá & Guarabyra veio AC ou DC do "É o Tcham" mas a verdade é que não aprecio o "É o Tcham" mas, gosto do Sá, do Zé e do Guarabyra.


Diante da escolha da sigla do nome das minhas filhas, "MHM" e "TIM", alguém se riscaria a perguntar porque não menciono o Tim Maia com mais frequência em meus diários. Respondo que quando fiz a escolha não estava pensando propriamente no Tim, nem no Naim, mas "na-IM", a "Isaura". Porque só lembrar do TIM, se tivemos também um NAIM?


Depois que acrescentei o T na frente do IM é que vi que a sigla ficava a-TIM.


Passei algum tempo das madrugadas nos "HM-s" com "a-TIM".


Então, quando pensei nos nomes, não pensei só em nomes mas, também, em siglas.


"MHM" e "TIM" gostavam muito de assistir o Castelo Rá-Tim-Bum mas, porém, contudo, todavia, ..., música que aprendi com "Helena" na escola para decorar estes pronomes, que a Rita Lee também canta na letra da Saúde (a-TIM e a-MHM), foi assistindo o Altas Horas que me lembrei da Canção dos Piratas, de Sá & Guarabyra ou, vice-versa.


Serginho Groisman, com certeza, escutou o Já-pão!


"Hoje o tempo parece tranquilo.


Uma brisa soprada de leve, ahey, ahey.


Hoje o mar mais parece um espelho refletindo bonecos de neve, ahey ahey.


Diz o capitão que amanhã de manhã, se continuar essa viração, nós vamos chegar ao mar do Japão.

Japão, ahey, ahey, ahey, yohá".


"Porque sim não é resposta", você se lembra?


Então, se pensar na Saúde da Rita Lee, a-TiiiiIM, a Rainha é a cura!


Com licença, o Machado de Assis ou minha tia Maria Luisa estão sempre tentando me antenar!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

SORRIA! NOSSOS PAIS FORAM EMBORA NO MESMO DIA!

Enquanto o "pegador" subia a ladeira, nossa vilinha, desciamos escondidinhos no para-choque do carro do "Rafael", marido de "Otávia".

Quem nunca "bateu-cara" brincando de "esconde-esconde"?

Bati cara no "esconde-esconde" mas foi brincando de "pega-pega" que arrebentei a testa na parede pois, ao virar por alguns segundos para responder algo para meu irmãozinho, ao endireitar novamente o pescoço me deparei com a parede do corredor de nossa casa e, ui, ui, ui, tarde demais!

Com o impacto de minha testa na parede, meu corpo de criança, foi jogado imediatamente ao chão e ... "manhêêêêê"!

Diante dos meus gritos, quem saiu correndo foi a "IM" comigo no seu colo, não para ganhar a brincadeira do "pega-pega" ou do "duro ou mole" mas, para aguardar que sua caçula levasse alguns pontos na "testa" no setor de emergência do hospital. Tenho a letra "i" nela esculpida até hoje.

São as brincadeiras de criança, quem não se lembra?

Costumavamos pular da laje de nosso sobradinho diretamente para a calçada objetivando "bater" no poste do "pegador". Tinhamos muita sorte de não nos quebrarmos todos os dias.

Isto me lembra um professor de filosofia, relembrando durante a aula uma cena dos  "Três Patetas", em que os atores desciam ao chão munidos de guarda-chuva. Meu professor disse que quando criança tentou fazer o mesmo e se estatelou ao chão e neste dia, ao gargalhar das histórias dele, estava mesmo era rindo de minhas próprias brincadeiras de criança, tempos em que pulava da laje na garagem da casa em que morava.

Amanhã, vinte e nove, hoje, my father faria aniversário.

"HM" dizia que nos deixaria em dois mil e dez.

Achava engraçado ouvir esta frase e me lembrava de Sá & Guarabyra.

Não sei se foi erro de cálculo ou não mas "HM" nos deixou em noventa e oito. Minutos antes de receber a notícia, em seis de abril, estava ao telefone conversando com minha amiga.

Depois de um dia de trabalho, sentada no sofá, ria muito das piadas que lhe contava pois, exatamente em um dia de seis de abril, entretanto, do ano de noventa e dois, "Cecy" também perdera seu pai, o "Jaquetão", este era o seu apelido.

Tudo isto é muito engraçado.

Estava trazendo à tona as boas lembranças de "Jaquetão" para fazer "Cecília" sorrir. Levante seu astral, dizia para ela. Como que por um encanto, a ligação caiu e o telefone tocou novamente para ouvir a voz do outro lado da linha noticiar que meu pai também falecera.

"Não  a-cre-di-to  nis-to", afirmei.

Desliguei o telefone para que tocasse novamente.

Era minha amiga "Cecy" mais uma vez.

Quando lhe disse, em estado de choque, que ela não acreditaria mas, acabara de ser informada do óbito de meu pai, "Cecy" perdeu sua fala e foi me prestar solidariedade durante o ritual fúnebre. Não derramei lágrimas durante os dias subsequentes. Não sei se em virtude do estado de choque ou para não contrariar minhas próprias afirmações daquela noite.

Eu e "Cecy" temos alguns laços na vida, este é um deles. Vez em quando ela diz que "comemoramos" a morte de nossos pais no mesmo dia. Sorria! Nossos pais morreram no mesmo dia! Vamos beber os mortos, como se fala nos sertões, incentivava!

"Cecília" era irmã de meu grande amigo "Celso". Acho que Machado de Assis, que "Celso" gostava tanto, tem uma personagem com este nome. Minha amiga de infância, a "Berê", não estava lá, nesta vez, para encenarmos de "Hercule Poirot".

Neste mesmo ano, perdemos outro grande amigo, o "Orêncio", e nossa tia, a "Maria Luiza". No mesmo local, adotei pessoalmente as providências para sua cerimônia de partida junto de "Kibe Frito", rapaz que conheci, de verdade, meses depois na tema livre 3, uma sala de bate-papo na internet, na época, uma das mais concorrida pelos internautas.

São as coincidências ou coisas da vida, a Rita Lee, sei lá.

Escolhi o seu terno-de-madeira, como dizia meu pai, que partiu em um dia seis, enterrado em um dia sete, ambos de abril, não para "HM" mas para "Luisa". Escolhi, também, a mais bonita coroa-de-flores, a melhor frase.

"Kibe Frito" providenciou o terno, a frase e as flores para mim. O salgadinho foi o apelido que ele usou para conversar comigo meses depois diante de um computador!

No muro em frente de minha casa, alguém grafitou a frase:  "Te amo Gel".

Preparei seus cabelos, o melhor vestido e sapatos, cobri com flores a "Maria Luisa" cantando em pensamentos Marisa Monte e Titãs.

Com a partida deles, a rua Sete de Abril, rua em que assisti o maior movimento hippie da história, perdeu de vez o encanto. Como ocorreu com o velho cinema, comecei a desmontar tudo o que tinha nela, escutando Duran Duran não em dia de quinta-feira mas, em um de fim-de-semana.

Já estava cansada de tanto ser explorada nela, queria mesmo era encerrar a rua Sete de Abril de minha vida, era apenas uma questão de alguns meses mais.

Um pouco antes, quando partimos pela primeira vez a São Tomé das Letras, em um dia vinte e nove, como amanhã, nos reunimos para comemorar o aniversário de meu pai. Munida de uma filmadora, a mesma que levei para a Gruta do Sobradinho, registramos os melhores momentos daquela festa, o "HM" em seus teclados.

Durante a comemoração brinquei de ser uma repórter, uma jornalista, uma garota bicho grilo que tinha acabado de se formar e que estava tentando se conectar com seres extra-terrestres e discos voadores.

Em São Tomé não tomamos chá de cogumelo, nem acendemos baseado algum, apenas cházinhos de hortelã ou de camomila. Quem tem o dom de se conectar com seres especiais não precisa de mais nada a não ser apenas estar lá.

Na sequência, estivemos no Memorial da América Latina para assistir Sá & Guarabyra, acho que também no ano noventa e dois. A "MHM" e a "TIM" estavam nascendo! Não era permitida a entrada com filmadoras e a máquina fotográfica ficou escondidinha pelo segundo "Regis" que conheci na vida durante toda a apresentação.

Estive com Sá & Guarabyra.

Ao lado da "MAM", "Miro" e "Reginaldo".

Como tantas outras pessoas um dia estiveram.

O retrato que tiramos, não o cantado nos detalhes do Roberto, o nosso, desapareceu, como já disse em algum post antes mas, minha memória fotográfica, como diria meu grande amigo "Celso" captou no cérebro todas estas mensagens.

Não se apaga vidas.

Nem trilha sonora delas.

Dei alguns saltos.

Estava lá, vim para cá.

Pulei lá, aterrisei.

Cá estou.

"Kibe Frito" responde, na tema livre 3 para a "Doce Mel", quando esta lhe questiona sobre a sua profissão: "Sou agente funerário".

Capitão da meia noite sai da sala ...

Cobra entra na sala ...

Rainha fala para Cobra: Oi amor!

Explodiu o modem entra na sala ... 

Doce Mel fala para Kibe Frito: Quáquáquáquáquá!

Cobra pergunta para Doce Mel: Como você consegue entrar com dois apelidos?

Explodiu o modem responde para Cobra: Segredo.

Rainha fala para Doce Mel: Oi Docinha.

VoVó Elisa responde para Rainha: Oi Rainha.

VoVó Elisa fala para Doce Mel: Oi clone!

Cobra pergunta para Doce Mel: Como você consegue entrar com três apelidos?

VoVó Elisa responde para Cobra: Segredo.

Descer empoleirados no para-choque do carro do vizinho era algo muito divertido para fugir do "pegador" no "esconde-esconde".



"HM" me dizia que sua cor predileta era o azul, a dos uniformes de escola, o azul que é marinho.

Kibe Frito fala para Doce Mel: Acho que me lembrei de você.

Elisabete: Mããããããe, aonde está o meu lápis!?!

Isabel: Onde está o patinho? Quero que me entreguem uma redação amanhã bem cedinho!

Betinha: Mããããããe, deixa a gente "ficar" com a MiMi?!?

Doce Mel pergunta para Kibe Frito: Você se lembra?

As meninas, as cinco, do sobradinho da vilinha, sempre animavam as festinhas de aniversário.


FelizAbete!

E aí? 

O AniVerSáRio Foi O MaxImo!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

ESCREVEU MEU NOME NELE, NO TÊNIS SURRADO

Era o que "Guilherme" usava em seus pés quando o conheci.

Um garoto bem esquisitinho.

Surgiu do nada no meio da molecada que em nossa vilinha estava sempre a brincar.

Como que encenando peça de Shakespeare, "Guilherme", desde que surgiu, começou a berrar o amor que inexplicavelmente passou a sentir por mim!

Olhamos uns aos outros.

Alguém gritou: "Este garoto é novo na vilinha?"

Guilherme, partindo em minha direção disse: "É amor de primeira vista!"

Assustada, perguntei: "Quem é esse? Colombo?"

Todos responderam: "Não sei!"

Saltei apavorada, em disparada, bati em retirada, rumo ao portão de minha casa e aos berros, gritei: "Socoooorro! Mããããããe!" 

Logo "IM" surgiu no batente da porta com o olhar assustado. Ao seu lado, estava "MAM". Todos arregalaram os olhos para ouvir "Guilherme" ou seria (?) "Colombo" a gritar: "Amo a sua filha! Não adianta tentar me impedir! Decidi que vou me casar com ela! Nesta porta vou dar plantão, é aqui que vou ficar!"

Creiam.

E foi o que aconteceu.

Não sabemos de onde o "Colombo" surgiu mas, dizia que tinha me avistado de primeira vista!

Está certo que todos me diziam que parecia uma indiazinha!

Mas daí a dizer que me avistou de primeira?

Não, outras pessoas tinham antes me avistado.

"Guilherme" gritava: "Vou casar com você!"

Não, não vai.

Diariamente, o "Colombo" se plantava no portão de casa para me ver ser escoltada em direção à escola.

O mirrado garoto, assim que me avistava, corria em minha direção e seu amor por mim, aos berros, declarava. Todas as manhãs, lá estava "Guilherme ou Colombo", sei lá, para repetir a cena, tentar me agarrar pelos braços ou por meus longos cabelos para me beijar.

Dele corria em disparada, gritando por minha mãe: "Mããããeee! Apareceu de novo! O menino louco!"

E a criançada começava a gargalhar pois, eu e "Guilherme" passamos a ser a atração da vilinha naquelas engraçadas manhãs e tardes.

"Guilherme" sempre desafiava: "Não adianta nem tentar me impedir! Com sua filha, ei de me casar!" Era o que dizia o "Colombo" ao avistar a pequena indiazinha, eu!

Minha mãe, agora, junto da criançada e de toda a vizinhança, ria do garoto e de meu olhar de donzela ou de indígena apavorado.

Nossas manhãs foram, durante algum tempo, temperadas com os súbitos rompantes do amor do garoto "Guilherme" que gostava de apontar o dedo para exibir seu tênis surrado com o meu nome nele gravado.

Em ambos os pés, neles estava escrito o diminutivo de Elisabete: "Betinha".

Aos olhos do garoto, fosse eu ou não para ele, uma bola ou temperos para India, o certo é que quando surgia, inesperadamente, o candidato a príncipe corria em minha direção para tentar me abraçar.

Fugia eu apavorada!

Já a criançada sempre me ajudava, driblando "Guilherme", impedindo que de mim se aproximasse, como que marcando um adversário em partida de futebol, até que a porta de minha casa conseguisse alcançar.

"Guilherme" se jogava, então, no meio fio da rua, bem em frente ao portão de nossa casa, empinava seus braços aos céus e se punha todos os dias a gritar: "Betinha, eu te amo!".

E lá permanecia o "Guilherme", em plantão, como um oficial de exército, aguardando o horário que sairia para ir à escola mas, entretanto, de mim não conseguia se aproximar diante da escolta que minha mãe armava por todos os lados.

Dizia para minha mãe: "Este garoto é doido, mãe! Me proteja!"

A vizinhança toda, pacata que era a nossa ruazinha, passou a esperar por "Guilherme" todas as manhãs, para rir das cenas em que eramos os principais personagens, cenas de um amor exacerbado por temperos ou "cravos", sei lá.

Coitado.

O cavaleiro medieval, como se eu fosse uma bola-de-futebol, suas bolinhas-de-gude coloridinhas ou sua coleção de figurinhas, todos os dias corria em minha direção e se jogava aos meus pés.

Um perfeito exagerado.

Sentada no sofá da sala, minha mãe lia suas estórias de amor, folheava seus romances de Rebeca ou de Grande Hotel, e eu, que queria mais era bater figurinha ou jogar bolinha-de-gude na calçada com a molecada, foi quem começou a ver os príncipes ou os "Colombos" procurando por seus "cravos", surgindo de todos os lados!

domingo, 27 de dezembro de 2009

DIA DE TRABALHO

Rita Lee estará, ao lado de sua família, trabalhando no dia de seu aniversário.

Vai estar em Manaus no próximo dia 31.

LINHAS DE TREM

E lá se foram as crianças no banco de trás do carro.

Como cena de cinema foram expostas na linha de trem.

Não sabiam que estava desativado.

Por muitos minutos, tristemente, foram expostas à tortura de imaginarem que seriam esmagadas no ferro.

Não contem aos seus pais, os torturadores pediram.

Esse foi o presente daquelas crianças, naquele natal.

A NUVEM PASSOU

"Sou Menino Passarinho com Vontade de Voar".

Crianças, bem crianças, cantavamos quase que todas as noites, esta melodia ao lado do piano, em nossa sala-de-estar.

Ela não é de autoria de Jessé, como muitos afirmam, mas de Luiz Vieira, salvo melhor juízo, A Paz de Meu Amor.

Você é isso.
Uma beleza imensa.
Toda recompensa de um amor sem fim.
Você é isso.
Uma nuvem calma.
No céu de minha alma.
E ternura em mim.
Você é isso.
Estrela matutina.
Luz que descortina um mundo encantador.
Você é isso.
Barco de ternura.
Lágrima que é pura.
Paz do meu Amor.
Quando estou nos braços teus.
Sinto o mundo bocejar.
Quando estas nos braços meus.
Sinto a vida descansar.
No calor dos seus carinhos.
Sou um Menino Passarinho.
Com vontade de voar.
Sou Menino Passarinho com Vontade de Voar.
Sou Menino Passarinho com Vontade de Voar.
Sou Menino Passarinho com Vontade de Voar.

QUANTA HIPÉRBOLE!

Exagerado!

Se joguem aos meus pés!

Quero mesmo os exagerados!

Adoro o amor da Coleção Rebeca!

E "Guilherme" se jogou no meio fio para me declarar seu amor ...

Leia esta história amanhã!

DEFINITIVAMENTE, NASCI PRÁ SER FAMOSA E PARA O ROMANTISMO EXACERBADO,DIRIA CAZUZA!

Carregando o meu sobrenome explicitamente nas costas, o "Mello" ou não.

Ou de "Doce Mel", o nome já diz, uma mocinha romântica demais, depois de encenar de "B15", uma mulherzinha cômica e sensual que foi criada para sorrir em salas de bate-papo.

Ou de "Elaine Nevylle", uma garota mais pop, alguns diriam que ela teria tendências à delinquência juvenil de tanto mandar cartinhas, que gostava de digitar nas mensagens eletrônicas a expressão "yahooooo" tal qual o Fred Flintstones gritava o seu "yabadabadoo", para depois presenciar o nascimento de um dos portais mais frequentados na internet.

E pasmem, caros leitores, que é a mais absoluta verdade que a "Elaine Nevylle" até ganhou prêmio no IBEST, decorrência de sua atuação em página de música como voluntária, ficando entre os dez premiados do ano, assistindo ao vivo e de camarote, não como a Elisa ou a Bete ou a Mello, mas na roupagem da personagem, a cerimônia em que o pessoal do Casseta & Planeta e Marisa Orth, igual cerimônia de Oscar, divulgaram os escolhidos da noite.

E nós estavamos entre os premiados!

Ou de distribuir ração aos animais na roupagem da "Natal Animal", uma mendiga em prol dos pobres, carentes e abandonados animais ou de "Vovó Elisa", não importa, já não me lembro da pele de tantas outras personagens que criei desde que a internet está no ar mas, todas geradas de mim, sempre famosas, fizeram algo de sucesso ou inovador, arrumaram namorados, ficaram noivas e se casaram.

Vejam só, até a "B15", uma mulherzinha que não valia absolutamente nada, se casou com um padre que por ela se apaixonou e largou a batina!

Que sina.

Então, resolvi ser eu mesma.

Romântica, de sentimentalismo exarcebado, egocêntrica, gótica ou não, assumir minhas tendências às hipérboles, cantaria Cazuza. 

Se anos após descubro que a minha profecia, a contida na redação que entreguei para "Isabel" quando tinha apenas sete anos de idade, se concretizou, devo então admitir que nasci para as dissertações, para a escrita.


Soando bem ou não aos ouvidos da humanidade, ao contrário do titulo que levou o Festival de Woodstock, nela fiquei famosa com o meu próprio nome, o que me foi dado por meus pais, o que carrego com muito orgulho, depois de algum tempo, de ter assistido lá, um documentário sobre o maior movimento hippie da história, justamente, na rua que leva em sua placa os números sete e o quatro ...

Acreditem, foi nela que meu nome começou a ser publicado diariamente nos jornais!

Estou na imprensa e na que é oficial! Fiquei famosa! E a internet nem existia! E nela, naquela rua, profetizei que isto tudo aqui seria o futuro da humanidade! É. Disse aos meus singelos assessores: "Estudem informática!"

oooOOh Darling!

Os meus diários de papel, numerei suas folhas, escrevi em suas páginas.

Estava aqui pensando em algo alegre para contar mas em fim-de-ano a tristeza invade os sentimentos da humanidade.

Se escrevi algo que os tenha, por um acaso, feito sorrir, o texto trouxe, então, sentimentos equivocados em seus movimentos, frutos de puros deslizes.

Remexi nos arquivos de minha "memória fotográfica", expressão que meu grande amigo "Celso" gostava de balbuciar me encarando frente a frente. "Celso", que dizia ter uma memória registradora, a sua caixa de textos para duelar as respostas em provas, gostava de me contar as histórias de Machado de Assis, dedilhando em seu violão os detalhes do Roberto.

Já não sei mais se "Celso" era "Roberto Carlos" ou se "Roberto Carlos" é meu amigo "Celso".

Examinando a capa do disco "Vamos Por Aí" de Sá & Guarabyra, no lugar da imagem do segundo, vi um outro rosto, o que será tema de post futuro, na medida em que a inspiração se tornar propícia para falar sobre meus sentimentos mais profundos em respeito da arte em minhas relações de profunda amizade ou de amor.

Zé RodriX não fazia mais parte, tal qual "HM" não estava mais em nosso seio familiar.

Falar sobre este tema mais do que me entristece.

Como posso escrever contos humorísticos se a vida me relegou a um mar de tristezas?

Será que Machado de Assis executava partituras de Bach ou era constantemente medicado?

Adicionando a tristeza ao reflexo da imagem das obras de Machado de Assis, devo confessar que as coisas já não eram mais as mesmas lá em casa, nosso velho sobradinho, que jurei um dia de criança para minha amada mãezinha reformar, promessa que cumpri, como muitas outras que fiz.

De uma vida de alegria, música, passeios, festas e viagens, passamos a viver uma vida de miséria, virtude de mera represália de homem abandonado, o "HM". Eramos bastante humilhados pelas pessoas, até pelo próprio, tal qual o povo do sertão quando parte em busca de felicidade e se vê obrigado a carregar os pecados da humanidade.

Um castigo, diriam alguns.

Sorriam, suas vidas virarão contos.

Merecem isto, diriam outros.

Então, como posso executar o meu "dó", o meu lindo "sol", em minhas cordas ou em meus teclados?

Todos desapareceram.

Os que outrora frequentaram a cozinha de "IM".

As noitadas de bebidas, doces e salgados, tiveram fim.

As noites de audição ou de cantoria se quedaram silenciosas.

Com o fim delas, também, a nossa alegria.

"HM" nos deixou.

Já uma adolescente, rebelde e revoltada, com tendências à triste sina de ver minha pobre mãe, a "IM", sendo explorada descaradamente pelas pessoas ao redor, incentivando-a ao labor praticamente escravo, tendo como fundo, suas mãos doentes e tortas.

Uma escrava, a "Isaura".

Questionava dos motivos de suas mãos estarem se modificando.

Porque não parava de tricotar ou crochetar, lhe perguntava.

Obtinha em resposta que era recomendação de especialistas.

Mas que seu pescoço muito doía todo fim-de-dia.

Mas que aquilo era fonte de nosso sustento, diante das represálias.

E quanto mais usava as suas agulhas, mais as suas mãos se entortavam.

A escrava, de um amor que não teve o fim esperado, tinha tendências reumáticas.

Nunca aceitei a exploração de labor escravo.

"HM" foi quem nos submeteu a este tipo de exploração.

Lá iamos para a escola, como "IM" mandava, depois de colaborar com a limpeza da cozinha, falar de Brás Cubas, Quincas Borbas, Policarpo Quaresma, Dom Casmurro, aprender que os personagens de Machado de Assis, como nós, foram rechaçados pela sociedade.

Aprender o movimento gótico para descobrir escritores brasileiros como Alvares de Azevedo e Augusto dos Anjos.

E minha pobre mãezinha lia, sim, os romances da coleção "Rebeca" na sua cozinha, certamente, aguardando que algum lorde viesse em um majestoso cavalo resgatá-la daquela triste e amaldiçoada vida.

Caros leitores, se tiver de analisar e concluir que os meus textos estariam fadados aos lamentos exarcebados, falando sobre a cura deste estado romântico ou gótico, tivesse que escolher um bálsamo, optaria por Beethoven e não por Bach.

São as sonatas do primeiro que me fizeram transcender.

Bach, definitivamente, não seria a  minha cura ou de minhas personagens.

Mas se ser romântica ou gótica é estar fadada ao declínio ou à doença, então afirmo, morrerei insana, como Policarpo Quaresma, morrerei na sarjeta ou internada.

Quero, então, expressar neste diário o meu último desejo.

Dizem que é o predileto ou o mais interessante, afirmo que é apenas um deles.

Que meu último suspiro tenha como cenário, uma velha garagem, de preferência a da casa de minha vó-A, a Aurora, quem costumava visitar na infância, um fim breve ou não.

Que seja em algum dia, em de verão.

Depois que os céus tenham enviado uma grande pancada-de-chuva.

De ter dançado com a minha sombrinha nas mãos.

Toquem alguma sinfonia, não de Bach ou de Beethoven mas, daqueles a quem eu profundamente amo.

Rita Lee, Titãs, Roberto Carlos ou Sá, Rodrix & Guarabyra.

Porque se tiver que falar de um grande fim-de-amor, do que é verdadeiro, não foi um Mané qualquer que me levou às raias do êxtase ou da verdadeira paixão.

Não.

Eu ouvi Bob Dylan mas, tendo a Roberto Carlos e aos seus detalhes.

Então, quando me ouvirem falar de amor, quero o fundo musical dos meus homenageados.

A quem tanto amo, sem vergonha, com o fervor da emoção.

Qual sonatas que se formam no leite.

Vos digo que falo da poesia de Sá, do RodriX e do Guarabyra.

E foi nos pátios de um colégio estadual, no berço da independência do país, que assisti a um dos vários espetáculos dos homenageados, ainda muito adolescente.

Esta apresentação foi algo surpreendente para todos nós.

Como quando estava na Praia do Flamengo, no Rio, ninguém esperando pela aparição destes monstros da música popular brasileira, algo totalmente inesperado ao surgirem para iluminar aquela noite de um verão.

O show aconteceu nas quadras esportivas da escola, cujo nome não me recordo mas o ginásio ainda é sediado nas portas de uma estrada, de uma rodovia, a que nos trás ao litoral sul paulista, que leva o título de Anchieta.

Uma adolescente tímida e que ficou sentadinha, bem ao longe, observando a dupla cantar, enquanto os outros alunos cantavam e dançavam desinibidos diante do palco.

Neste dia, não sei bem o porquê mas, o ar tinha cheiro de tristeza.

Como ontem, ao assistir à apresentação de Roberto Carlos, um cheiro de dor.

Mas a dupla estava lá, como sempre, tristes, doídos ou não, expressando belos sorrisos, de instrumentos musicais em mãos, divertindo o povo que os estava assistindo.

Sem muitos avisos.

É amanhã, meus colegas disseram.

Amanhã é 27.

Mais uma vez estavam lá.

Não tive coragem de me aproximar.

Não os quis incomodar.

sábado, 26 de dezembro de 2009

HOJE É VINTE E SEIS.

Ontem estava relembrando minhas histórias ao lado de "Celso", o meu amigo violeiro.

Era assim que "HM" o chamava, o violeiro.

Assistindo ontem, Roberto Carlos, não sei mais quem seria quem.

Se "Celso" seria "Roberto Carlos" ou se "Roberto Carlos" seria "Celso", o meu amigo violeiro.

Surpreendente ouvir "Roberto Carlos ou Celso" dedilhando os detalhes.

É.

"Não adiante nem tentar "mi" esquecer".

DEPOIS DE SETE, CINEMA NA SETE. ÚLTIMA EXIBIÇÃO! DERRUBADO!

Não sei te dizer como mas, após umas rápidas chapinhas, engessaram uma de minhas pernas. O médico olhou para minha face e disse: "Não tem jeito, vai ter de ficar em casa descansando durante uns meses".

Ficar em casa?

Nem pensar, pensei, jurando ao médico que, como recomendado permaneceria em casa sentada, ao vê-lo lambuzando a minha perna de gesso. Como iria para escola? A questão era que estavamos em fim-de-ano escolar, as provas acontecendo e a maioria de meus amigos eram menininhos mirrados ...

Inicialmente, para me mover, tal qual um saci, pulava em uma perna só até cair e, como castigo, me levaram ao mesmo médico que, me olhando muito feio, engessou a outra.

Quando quero ironizar, gosto de dizer a frase: "triste fim dos ideais da Policarpo Quaresma".

Engessada até o pescoço (que hipérbole!), seria o fim de minhas aventuras escolares?

E o namorado "Regis"?

Para você ter uma idéia, nesta época, até descobrir que ele era gay, namorava o espetacular, lindo, sarado, maravilhoso e musculoso "Regis" que me pediu em namoro para fazer ciúmes ao namorado dele que o tinha dispensado!

Pois é, com Elisa tudo acontece!

E olhe que o bofe, um baita gato (!), gay ou não, penso que teve umas recaídas por mulheres pois, me beijava muito e tinha uns abraços bem calorosos!

Bom, dizer que meus amigos eram meninos e mirrados, é quase um exagero, não é bem verdade. Tinha um colega bem fortão, o "Carlão", que auxiliou my father - o "HM" - me carregando com minhas duas pernas engessadas, do carro até os bancos escolares, depois de conseguir me convencer que namorar o "Regis", uma mocinha como eu, não seria uma boa escolha.

Decididamente, não!

Apesar de magérrima, imagine o peso de carregar uma donzela com suas duas pernas engessadas! Tinha que ser alguém bem treinado, fortão, ninguém melhor do que "Carlão" que era do exército!

"Você tem que casar", insistia "Carlão", de preferência com ele, um bonzinho mocinho que estava na aeronáutica, tudo o que sonhara para mim, não casar com ele mas, ser das forças armadas. Ao me carregar, não sei se foi a visão do branco no gesso mas, o fortão já estava se animando em me levar às núpcias depois de me idealizar vestida de noiva lhe dizendo sim diante de algum padre no altar.

E eu lhe respondia: "Carlão, me carregue e vai te catar!"

E de lencinhos no nariz, chorando por "Regis", era o "Carlão" quem me carregava.

E não era um fim-de-ano escolar comum.

Não!

Tempo em que faziamos as provas com o violão embaixo do braço, desclassificados no festival, já em clima de saudades uns dos outros, para depois que as aulas terminassem, irmos às lanchonetes de esquinas brincar de cantar.

Tinham também as juras de amor de "Carlão"!

Vou te amar por toda a eternidade!

Esta frase é ótima para colorir folhetins!

Nesta época não imaginava que parte de minha vida teria como palco, a rua Sete de Abril. Pouco antes de ser desativado, de pernas engessadas, ao lado de meus amigos, nele, assistimos o Festival de Woodstock, um abandonado cinema que logo depois seria tristemente derrubado.

Interessante descobrir que John Lennon recusou o convite para tocar no festival em solidariedade à banda de Yoko Ono, a verdade é que resolvemos ir ao tal cinema somente porque seria desativado na sequência. O cinema estava às moscas. Mais uma vez, esperançoso, pobre "Carlão" me carregou.

Pensando em meu desejo de um milhão de acessos, das dificuldades que os idealizadores do primeiro Woodstock enfrentaram ao realizar o festival, descobri que mais de quinhentas mil pessoas compareceram no evento. Ou seja, o evento aconteceu com mais do dobro do que previsto!

Não tive a chance de assistir ao vivo ou suas retransmissões em 1969 pois, apesar de já ser estudante de música e de saber que estava acontecendo o maior evento hippie da história, meus pais não permitiram que assistisse.

Assim, anos depois, de pernas engessadas, finalmente fui assistir o Festival para também me despedir do "Centro de Estudos Cinematográficos, na Rua 7 de Abril, no local onde estava o recém inaugurado Museu de Arte (atual MASP)" - leia o boletim 114.

HoHoHo.

Em 1969, enquanto rolava o festival, preparei minha primeira redação, contando para "Isabel" uma história em que, doravante, nós os seres humanos, estranhamente, seriamos convocados por números.

HoHoHo.

E sempre foi o que aconteceu na Rua Sete de Abril, para muitos.

Depois de ir ao cinema, retirar o gesso das pernas, não dei uma de Hendrix mas, magicamente, meu violão se quebrou. Muito tempo depois, a rua que sediou um dos mais importantes cinemas em São Paulo, foi palco de muitas outras histórias em minha vida.  Não era carroceira, propriamente dita mas, na rua Sete de Abril, fiz muitas "cargas".

HoHoHo.

Minha profecia contida na redação de sete anos de idade se concretizou e fomos chamados por números de identidades profissionais!

HoHoHo.

Nesta época, não era mais "WM" quem dedilhava seu violão para mim, era eu própria ou "Celso", quase que um cover de Roberto Carlos, que também já partiu deste mundo para outro melhor, certamente, hoje sorrindo bastante lá no outro lado!

E ai você vai perguntar: "E o que isso tem com Sá, RodriX & Guarabyra?"

Respondo: "O X da questão, como "HM" que era chamado por seu sobrenome, gostava de afirmar, é que eles ouviram Bob Dylan".

Apesar do título "Festival de Woodstock", diante da recusa dos habitantes da cidade, o evento aconteceu em outra pequena cidade que leva o nome de Bethel, menos de duas horas de distância da que levou os créditos no nome do maior acontecimento hippie da história da humanidade.

Tive de esperar alguns anos para assistir o Festival de Bethel.

Sinta que o sobrenome do festival, "Bethel" não soará muito bem, melhor Woodstock!

Então, vos digo que fui para a Rua Sete de Abril, com as minhas duas pernas engessadas, depois de terminar com meu namorado gay, carregada no colo por "Carlão", que dizia me amar, um militar das forças aéreas que tinha a profissão que almejara ter desde os dezessete anos de idade, em um cinema que em seguida seria destruído, assistir como sua última exibição, o festival que queria ver desde os meus sete anos de idade, que aconteceu na verdade em Bethel, um outro município, mas Woodstock, cidade de Bob Dylan, foi quem levou os créditos!

oooOOh Darling!

Não tinha reparado. A letra de Wonder Woman, interpretada por Sá & Guarabyra, que me inspirou ao post de hoje revisado (escrito ontem de tarde, na verdade), é de autoria de Toninho Horta e Fernando Brant.

E eu ouvi "WM" cantar muitos anos Lennon e McCartney: "oOOOh! darling, please believe me. I'll never do you no harm. Believe me when I tell you. I'll never do you no harm. Oh! Darling, if you leave ..."

Ouvi "Celso" dedilhar muitas canções de Roberto Carlos.

Fiquei amiga de Lia Santiago, cover da garota papo firme, a Rita Lee, casada com o seu parceiro musical, o Roberto de Carvalho.

Não sei se ele me considerava um avião mas, naquele dia terminei com as duas pernas engessadas nos braços de um piloto da aeronáutica!

Devo repetir: "Pois é, com Elisa tudo acontece! Depois que "Regis" voltou para o seu antigo amor, namorei mais alguns gays que sempre têm umas recaídas por mulheres quando estão ao meu lado!"

Seria o sorridente Júpiter na oito em Aquário, diria a comitiva de astrólogos?

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O DITADO POPULAR É O DESDENHAR?

Li em alguma comunidade, não me recordo muito bem em qual mas, nossas vidas, a trilha sonora delas, para o autor ou autora da frase, seria algo que não teria a mínima importância.

Então hoje é Natal mas, a bem da verdade não é.

Este pensamento já estava escrito antes, apenas aguardando este dia para ser publicado, tal qual os inúmeros programas de televisão, em que os personagens comemoram o dia de natal na data de sua gravação.

Era mas, ainda não era, de verdade, o dia de natal mas, parece que era.


Por ser legítima brasileira, em época que temos de gerar empregos diante de nova reforma ortográfica, a expressão natal me faz recordar a nata que se forma no leite e a da sociedade.

A nata se forma depois que o leite ferve.

Também uma ata e a barata. Se lida ao contrário poderá ser uma lata que, depois de ingerido o seu conteúdo, vira lixo que poderá ser reciclado.

Não gosto de leite.

Pensando em baratas as pessoas não bebem ou comem e emagrecem.

Para quem não tem dinheiro para ter uma boa ceia em dia de festa de cristão, baratas sempre são bem vindas na cozinha.

E a razão deste post passou a ser, além da trilha sonora de minha vida, uma das muitas figuras de linguagem, a ironia.

"Quem desdenha, quer comprar", os leitores cansaram de ouvir o dito popular, um provérbio contido na fábula "a raposa e suas uvas", em que se conclue que "é mais fácil desprezar aquilo que não se pode obter".

Mencionei no diário da Rita que dificilmente sorrio diante dos inúmeros programas de "humor" que são transmitidos nos canais de televisão. Não entendo como alguém consegue sorrir diante de cena de outrem se arrebentando no jardim de sua casa. Não acho graça nisto. Seria sinônimo de achar graça na crucificação de Jesus Cristo, se é mesmo verdade que aconteceu.

A missa é do galo, não das galinhas e, quem tem criação de aves, sabe o que está no cerne desta frase ou ritual que se repete durante anos.

Então, como ainda ocorre em "festa de rodeio", puro folclore, fazer graça dos maus-tratos a animais sob justificativa de que é um esporte, tal qual os de antigamente, em que se enviava seres humanos para serem comidos por leões nas arenas pois, o povo ficará satisfeito diante destas cenas.

Cristo, portanto, não foi o único a ser crucificado.

Lamentável dizer mas, se "rodeio" existe é porque tem gente que gosta de frequentar.

Resolvi, então, graças aos meus professores mas, em especial a Sá & Guarabyra, depois de tanto escutar a canção "Roque Santeiro", de não ser mais cristã, não tomar leite, não pertencer à nata da sociedade e nem gostar do natal, data em que se matam muitos leitões e perus, de comemorar o dia do bom velhinho, estudando a figura de linguagem titulada "ironia", que é a representação do contrário do que se objetiva de verdade informar.

Conto-lhe que cai, quebrei minhas duas pernas e, em resposta, você dá risada!

Não te quero perto de mim, claro?

Nosso País está repleto de autores de programas irônicos. Que dirá das pessoas frequentando as comunidades na internet ironizando os teus pensamentos pelo simples prazer de te ver chorar ou de destruir o rock alheio!

E quando se ouve a figura de linguagem que se mostra presente na frase "quem desdenha, quer comprar", lembro que a minha vida, a trilha sonora dela, não pode ser depreciada por uma pessoa que sequer me conhece, apesar de frequentar a mesma comunidade porque aprecia ouvir esta ou aquela música, para expressar com pura ironia o que não pensa de verdade.

Não pensa de verdade porque não teve antes de você a sua idéia, então, vai te depreciar.


A pesquisa de mercado tem o objetivo de descobrir qual é a sua opinião em percentuais. É o eco, eu grito cá, vai ressoar lá. Imagine o teu eco em percentuais e as balanças sendo registradas nos caixas de supermercados.


E o povo, século após século, incorre nos mesmos erros, o de desdenhar pessoas, coisas ou situações, sinônimo de uma constante crucificação moral do seu semelhante, tal qual teriam supostamente crucificado Jesus Cristo tempos atrás, se utilizando agora, não só de fábulas, metáforas ou parábolas mas, também, de ironia, que é uma figura de linguagem da nossa fala, o português!


Por incrível que possa parecer, aprenda que quando você ironiza alguém, você está apenas se utilizando de algo que é perfeitamente aceito pela sociedade. Passe algum remedinho que a sua dor acaba!


É uma pena.

Exatamente por esta razão é que não faço mais parte de determinadas comunidades.

Assim, se as passagens bíblicas, reflita, estariam repletas de figuras de linguagem, considerando a "alegoria" que contém as outras duas, a fábula e a parábola, e de que qualquer um pode se fantasiar de bom velhinho, interpretar algumas poesias ou inventar algumas histórias para serem cantadas em noites de natal, o que dirá de pessoas que não estão bem intencionadas quando depreciam o que de bom alguém faz ...

Arrebento a tua cara, depois te peço perdão ou de noite salvação, então, tanto faz, vamos crucificar! A fulana é boazinha, vai acabar me perdoando, então, vamos crucificar!

A cobra também é fruto divino e como o ser humano deve ser respeitada.

Bem, fizeram questão que fosse à escola e estudasse, estudei as figuras de linguagem pois, em missa de galo, embora respeite animais, não faço parte deste harém, não sou prostituta, não sou vaca, nem galinha, não quero participar.

Amiga Juverdina, aproveito para lhe dizer, não desista, em percentuais concordo com você, defender um ideal ou ser fã de alguém não é algo óbvio, é bem complexo, apesar de ser um sentimento, ironicamente desdenhado por muitos de algumas comunidades que não desejo mais fazer parte pois, um admirador ou admiradora, é obviamente sim, algo difícil de se obter mas, bem fácil de se perder.

E a minha trilha sonora, caros leitores, tal qual minha vida, não é algo para ser ironicamente ridicularizado em comunidades na internet que tem meia dúzia de gatos pingados.

Abaixo "os rodeios".

Abaixo as "crucificações" ironicamente morais.

Estou querendo assistir de novo a novela Pantanal.

Daria para alguém retransmitir ou regravar?

Jingle Bell, Um Rockizinho No Natal.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

UM ROCK PARA O NOEL

Ouvi alguém comentar que precisam de histórias para noites de natal.

Jingle bell.

Fantasiei-me, como muita gente faz, em muitas oportunidades.

Por muitos motivos, não deveria gostar e explicarei logo adiante a razão mas, a fantasia que mais amei vestir foi a do Natal Animal em 2003. Criei um endereço eletrônico especialmente para prestigiar os inúmeros animais pobres, carentes e abandonados pelo mundo.

Criei, também, o Vovó Elisa!

Uma VoVó Noel especial.

E estava novamente feliz!

Muito alegre e contente.

Participando de uma lista aqui, outra lista ali, descobri que as pessoas se sensibilizam com o sofrimento de crianças e idosos e que os pobres animais estariam relegados a último plano.

Isto se sobrar algo!

Não é incomum nos depararmos com animais nas ruas tentando remover os sacos de lixo que aguardam serem recolhidos pelos que não estudaram ou, não tiveram sorte na vida, para encontrarem as sobras das refeições.

E participei também d'outra lista de discussão, a do lixo que você não quer mais não!

Hum ...

Poucos deram atenção ao tema quando coloquei o assunto projeto para angariar fundos para "animais" em pauta e alguns afirmaram que a humanidade se sensibilizaria mais com o sofrimento infantil.

As pessoas gostam de ajudar pessoas que estão sofrendo.

Depois da aceitação do sofrimento infantil, vem a simpatia pelo sofrimento do idoso. Animais, não tenham muitas esperanças, quase sempre é não! Frase que aprendi nestes grupos de discussão mas fui avante, não desisti.

E minha estréia em listas de proteção aos animais ocorreu em virtude da morte de minha amiga "Bolacha". Uma enorme cadela bem tratada, que adorava comer dois pãezinhos diários, de amamentar, de brincar e dormir com os gatos, de correr com a Bela.

Despediu-se de mim que estava ao volante, tentando encaminhá-la a um especialista da área veterinária, depois de ouvir de um que tinha cara de recém-formado, de que não poderia atendê-la pois, fechando as portas do estabelecimento comercial que estava, afirmou que já era muito tarde, hoje não vou socorrer mais nenhum cão.

Não resistiu.

Quando finalmente encontrei uma clínica que tinha balões de oxigênio de que necessitava e para lá me encaminhava, "Bolacha" se aproximou para, ao me afucinhar o braço, receber carinho e uma palavra de conforto, partir em busca de sua verdadeira felicidade em algum lugar no sideral espaço.

Depois disto, de me agarrar ao seu corpo, de gritar inconformada com sua inesperada partida, de derramar muitas lágrimas, participei de inúmeros grupos de ajuda a animais carentes.

Bati de porta em porta estendendo a mão para receber alguns sacos, não de lixo mas, de ração para levar aos abrigos de animais e segurei algumas faixas de protestos nas avenidas e centro de controles de zoonoses ao lado de minhas duas filhas, a "TIM" e a "MHM".

E o natal se aproxima!

Nem todos puderam ser alimentados ou receberam um gesto de carinho, um copo d'água ou um prato de comida.

O sofrimento de alguns, nem sempre se vê, fica nas entrelinhas.

Ouvi de uma senhora que estava em uma feira-de-adoção que para meus animaizinhos serem adotados é preciso que eu não os queira mais, não!

Melziiinha!

Tinha a Zequinha.

Pretiiinho!

Também a Flexinha!

Loirãããão!

Que não estão mais aqui comigo, não.

Chaneeeel!

Todos já se foram.

Restam apenas as lembranças de um natal.

E vos digo que é o que você lá no fundo deseja ou sente.

Não fique feliz em ajudar animais pobres, abandonados e carentes.

Concordo, aquela mulher tinha razão.


Não quero que eles existam.

Não quero ver pelas ruas animais caminhando tristes, cansados, abandonados nas sarjetas sujas e imundas, bebendo água das ruas ou procurando por grãos de comida em sacos. Quero que estejam amparados, não sejam mais pobres, nem que estejam carentes ou doentes.

Nestas festas de fim-de-ano, se encontrar algum bichinho triste pela rua, faça-o feliz.

Se puder leve-o para sua casa, se não puder, lhe dê um pote de água ou um prato de ração.

Mas o que ele quer mesmo depois de receber um pouquinho de água ou de comida, é um gesto de carinho, um pouco da sua atenção!

Isto também aprendi ouvindo algumas canções de Roberto Carlos, Rita Lee, Titãs, de Noel Rosa e Sá, RodriX & Guarabyra.

O Natal Animal te deseja, mais uma vez, boas festas de fim-de-ano.

Estamos em 2009, não mais em 2003.

Com muito amor, são os votos Também da VoVó Elisa.

OS TRÊS PORQUINHOS!

Cuidado!

Existem lobos maus por ai!

Se proteja.

Clique here.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

E A FESTA CONTINUA ...

Já que o mundo vai degelar, melhor opção é escutar a canção "lá se vão"!

Para que se preocupar?

O mundo vai degelar mesmo!

Falando de degelo, lembro de chuva-de-granizo e, vos digo que, era causa de extrema felicidade quando via os gelinhos caírem do céu, como aconteceu outro dia aqui em meu jardim, uma rápida chuvinha.

Lembro que a chuva invadia o ralo do quintal de nossa casa exatamente como ocorre no quintal de meu jardim mas, a água no sobradinho escoava facilmente por ser uma casa construída em uma ladeira.

Contava "IM" que "HM" teria sido muito inteligente ao escolher o sobradinho em uma rua íngrime e isto me lembra o carnaval e o frevo em Olinda!

Nossa rua levava o título de "vilinha" e melhor que clipe de Pink Floyd é pensar exatamente na canção "lá se vão" para relembrar a criançada em série se dirigindo para brincar em nossa rua.

Ruazinha tranquila não fosse o barulho da criançada rindo e brincando e sempre sem incomodar os vizinhos!

Eram carrinhos de rolemã, esconde-esconde, vitrolinhas, passa o anel, queimada, tantas outras brincadeiras. Mas a mais divertida era o esconde-esconde e a possibilidade de descermos acomodados nos para-choques dos carros dos vizinhos para vencermos a brincadeira.

Tive uma infância mais ou menos feliz e o cerne destes momentos de felicidade, o "X" da questão, é exatamente nossa "perua rural" rodando pelas estradas com "HM" em sua direção e sua tropa dentro dela para visitar seus parentes e seus "cumpadres", sua predileção pelos teclados, apesar de ser um tocador de ouvido de qualquer instrumento musical que lhe entregassem nas mãos.

Acho que o que me faz gostar de Sá, Rodrix & Guarabyra são as expressões que utilizam em suas melodias. Expressão de gente que é antiga.

Voltando do parêntesis, instrumentos dentre os quais meu pai tocava, um violão que foi presente de seus colegas de sua profissão de seresteiro até optar por trabalhar nas estradas-de-ferro.

Contava-me "HM" que tinha esperança de que voltassem a ser ativadas!

Meu pai era um gênio.

E todos o queriam como pai, esse era o principal problema.

Queriam roubá-lo da "IM" e de seus filhos pequenos que se divirtiam com suas aventuras e piadas. Mas como dizia meu pai para mim, "as minhas reais moedinhas", as minhas histórias, minhas lembranças, o meu saber, minha inteligência, os meus dons naturais, estas moedinhas que conquistei na vida, nunca, isto ninguém poderá me furtar.

Mas voltando ao tema "chuva-de-granizo", não me recordo a verdadeira razão mas "HM" colocava seus baldes para recolher a água-de-chuva e vivia parando para recolher água de biquinhas. A justificativa seria que aquela água era o "melhor combustível" para o radiador de sua "rural".

Depois de abastecê-lo, iamos para r-Itapeva visitar nossa vó-A Júlia.

Um fim-de-semana na casa da vó-Aurora, outro na dos parentes em r-Itapeva.

Falando de vós-A, devo creditar o A para algumas pessoas.

A primeira que receberá meu crédito de boas lembranças é Isabel, quem me ensinou o be-a-bá. A professora dizia que apesar do "ó", a palavra era um substantivo feminino que levava uma bonitinha peninha em seu chapéu, o acento agudo, enquanto que o vô tinha um chapeuzão, o acento circunflexo.

E esta é a "pena verde no chapéu".

Isabel também foi quem me ensinou a desenhar uma cadeirinha quando escrevia a palavra homem. Dizia ela que nunca mais nos esqueceriamos que a palavra homem deve ser escrita com o "h" antes do "o". Uma cadeirinha, se lembrem! Realmente, de Isabel me lembro de patinhos e de muitas outras coisas mais!

Recordo, também, que para distinguir a direita da esquerda, deveria me lembrar da mão que utilizava para escrever. O problema passou a ser quando descobri que sou ambidestra. Escrevo com as duas.

A segunda, é a Norma Lima, que me fez recordar das boas lembranças de Isabel, do A que me ensinaram das vovós-A-zinhas.

E alie-se todos estes créditos do "A" às inúmeras canções de Sá, RodriX & Guarabyra mas, em especial a música Marimbondo, que também tem uma "Zazá", tal qual uma canção da Rita Lee que fala de uma mocinha seguindo um trio elétrico!

Bem, durante a edição deste post, não sei se o SESC SP, tá querendo me conectar mas, deu um curto-circuito aqui e perdi uma parte do que havia digitado!

Digitando de lembranças, tudo novamente, continuando mais ou menos do ponto em que parei, lembro que tinha digitado que meu pai, o "HM", me ensinara os primeiros passos do vegetarianismo ao me ensinar que: "nunca morda um pedaço de carne-de-porco". Tudo isto aliado ao fato de sermos descendentes de indígenas e de que o canibalismo fora abolido de nossas vidas!

E, também, pelo fato de que JC, passagem bíblica que encaro como uma tremenda contradição pois, porcos e cobras, tal qual perus e outros, seriam frutos de obra divina, enviara os "demos" de um louco aos leitõezinhos que saíram em disparada às águas de um rio.

Portanto, porcos seriam redutos dos loucos, então, não os coma!

Além do mais, expressão que "HM" gostava de usar em suas redações, para definitivamente convencer você a não comer os leitõezinhos, lembre-se do lobo mau querendo destruir a casa dos três porquinhos para comê-los!

Pois é, alguns lobos maus, por inveja ou não, não sei, destruíram a nossa felicidade.

E a "IM" passou a fazer muitos sapatinhos, casaquinhos, toalhinhas e vestidinhos e a cuidar de gente que dela só queria se aproveitar. E da gente, adolescente ou ainda criança, de nós ela se esqueceu para ouvir alguns desaforos nas casas dos outros, enquanto a faziam de criada, por ter sido uma "largada" ou a ¨desquitada" da vez em época que a humanidade tinha língua mais do que ferina e era mais do que maldosa.

E ai você pergunta: "Qual é o X do sobrenome, opa, da questão?"

E eu te respondo:  "Me dá um gelinho, aí! Estupidamente gelada ou não, não beba nestas festas de fim-de-ano pois, quem é alcóolatra nunca bebe com moderação. Melhor é fazer como criança, escutar "lá se vão" e digitar suas histórias de infância".

Enquanto nossa "rural" esteve na estrada, "HM" e "IM" com sua tropa dentro dela, eram felizes.

Não destrua o rock alheio.

Se for beber ou ter inveja, componha o teu.

Boas festas!

ME DÊ UM GELINHO, PLEASE!

Vou me encostar em uma árvore e esperar o mundo degelar!

Devo me curvar ao fim tremendamente hilário do "Toma lá, dá cá" de ontem. Quem me conhece sabe que dificilmente acho algum programa de humor engraçado. Então, se falo de muita graça, publico alguma coisa neste diário.

Como Miguel Falabela e demais integrantes do elenco foram a causa de minhas inúmeras gargalhadas noturnas, apesar de não ter motivo algum para sorrir, não poderei deixar de comentar o genial desfecho de ontem, - creditando o adjetivo "genial para u-AM-lá-lá-lá", em que o personagem "Mario Sergio" pilota o teclado de seu notebook, como eu, para encerrar os episódios da série de 2009 em direção à nave espacial que aguardo faz tempo!

Cantando Rita Lee 3001.

É a fa-mí-lee-a rumo ao excelente humor de 2010!


Se você quer garantias, garanto que você vai dar muita risada!


Boas Festas!


Feliz Natal Cristão!


Venha Viver Rita Lee Em 2010!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

FAÇA ELISA FELIZ! NÃO SE DEIXE ABATER PELO DEGELO GLOBAL!

Como já tive minha casa invadida pelas águas, apesar de quitar meu imposto antecipadamente, me sinto no direito de fazer gracinhas com esta história do aquecimento global.

O curioso é que ainda há pouco ouvi no caixa do supermercado, não sei se é verdade, que os europeus estariam sofrendo com uma temperatura de 27 graus abaixo de zero neste natal.

Mas sejamos coerentes para admitir que não é de hoje que as cidades sofrem com as águas de março que estão ultrapassando o verão.

Embora a moda do "degelo global" esteja animando as pessoas a tomarem umas bebidinhas geladas pois, o mundo vai acabar mesmo, a situação apenas mostra o ápice do total descaso para com os menos favorecidos.

Para os pobres, o "degelo global" de muito acontece.

Ano após ano, as casas estão sendo invadidas pelas águas e creio que os eleitos pelo coitado do povo infeliz estão é animados para se agarrar nesta desculpa esfarrapada para justificar que nada fizeram ou que ninguém pensou em enchente quando construiu uma casinha.

Recordei-me, então, da Arca de Noé e do Titanic.

Será que a história se repetirá e não teremos arcas, barcos ou botes para todos?

Tem gente pensando em investir neste setor.

Portanto, caros leitores, apesar de não ter motivo algum para sorrir ou fazer piadas, ouvi da Rita Lee que "é estranho ser humano nessas horas de partida" e, então, resolvi usar do meu bom-humor - nada que não esteja em sintonia com a água decorrente do aquecimento e que poderá invadir o planeta.

É o vapor decorrente do Júpiter, planeta do sorriso e quente, que estava em Aquário quando nasci, afirmariam os astrólogos.

Mas bem sei que, em futuro muito próximo, estas idéias sairão desta grande prancheta que é o meu diário e serão levadas em conta pelos investidores.

Por gentileza, investidores, solicito os meus créditos!

Enquanto isso, caros leitores, serei estranha nesta hora, pura verdade que também já atravessei enchentes.

Portanto, se estou aqui publicando este post é porque existe uma chance de salvação.

Não desanimem ao verem as águas invadirem sua casa.

Experiente que sou em me salvar de inundações e de outras situações de risco, alerto para que não percam a calma nestas horas e respirem bem fundo.

Ainda que seja uma situação difícil, mister o esboço de muitos sorrisos se necessitar sair dando umas braçadas.

Outras dicas.

1) Invista em estacionamentos para botes, barcos ou arcas em locais de grandes enchentes.

2) Capacitação de pescadores para resgate de ilhados das enchentes, possibilitando o desembarque do resgatado em local mais próximo de seu trabalho ou de sua casa.

3) Emplacamento dos barcos, botes e arcas, antecipando a necessidade de um futuro rodízio dos novos meios de transporte, tão logo o degelo se apresente mais evidente e o trânsito se torne mais intenso (créditos da idéia para Arthur Rodrigues Bravo).

4) Também creditando a idéia ao Arthur, invista em pés-de-patos.

5) Geração de novos empregos.

Notinha de esclarecimentos: O povo acabará se adequando à nova era do "degelo" e muitas vagas serão abertas em empresas de fabricação de roupas aquáticas e acessórios (o degelo garantirá freguesia!), escolas de natação (vai aprender? tá esperando o quê?), indústrias de construção naval e afins (como Noé, navegar é preciso?).

6)  Munidos de máscaras de oxigênios, descubra como é melhor transitar de arcas, barcos ou botes por Sâo Paulo!

7) Lembre-se de Noé e de Titanic, não existe arca, barcos e nem botes para todos! Invista já no seu!

8) Não espere a água invadir a sua casa ou praia, aprenda a fabricar o seu próprio bote.

9) Já deixe uma bola do lado do barco. Se escapar sózinho terá com quem conversar.

10) Leia Noé e descubra que "Deus" só convidou dois de cada espécie para participar do bote-da-salvação! Construa já sua arca! Você pode não estar entre os escolhidos!

11) Caso queira escapar do aquecimento global ou da água decorrente, de forma mais confortável, procure saber quem é "Deus", fique amigo dele para garantir um bote na sua hora de partida!

12) E o mercado de barcos está em alta! Todos comprando um botezinho para garantir a salvação!

Tá esperando o quê?

Salve-se quem puder.

Depois de sorrir, pense sério nisto!





FREQUENTAR OU NÃO FREQUENTAR!?!

A única vez que "matei" aulas me senti tão culpada que contei tudo para minha mãe.

Na segunda vez que tive vontade de cabular, perguntei para ela se podia "matar" as aulas naquele dia e ficar ouvindo o Fruto Proibido da Rita Lee no sofá!

Ei!

Assista as próximas aulas!

Não fique triste.

Seja star.

O ERNESTO TE CONVIDOU?

Se algum dia aparecer alguém repetindo as mesmas palavras banais ou dizendo que é astrólogo, vidente, algum guru e mestre astral, então acredite que sou o Ernesto, não o do samba mas, o capataz! De graça te dou um grande conselho. Não aceite o meu convite. Não brinque com bonecas. Nem vá jogar ping pong no Brás!

Mas lá fomos eu, a "MAM" e a "Berê" ao Brás jogar ping pong. Local idealizado por alguns, não para os próprios, mas para outros rezarem. Contraditoriamente, era ao lado de uma fábrica que exalava um cheiro terrível de fumo e nicotina, um verdadeiro convite ao vício.

E nós os jovens, na verdade, muitos que em decorrência daquele cheiro enjoativo começaram a fumar e não a rezar, participavamos destes encontros juvenis não para ouvir a pregação do dia mas, com um único objetivo, o de conquistar um título de campeão ao empinar nossas raquetes.

E foi que minha amiga conheceu o "Salva", este é parte de seu verdadeiro nome que, algum tempo depois, a levou para o altar.

Que romântico!

Era "Johnny", não "André", como ela insistia em dizer, com quem compartilhei o meu primeiro beijo. E de "André", tenho como única recordação, uma das canções de Chicago e nada mais. Mas falando em beijos e em Judas, lembrando de cobras, a verdade é que comecei a dispensá-los.

Um pouco antes disto, crianças que eramos, costumavamos brincar de bonecas e de imaginar um enorme cabo de vassoura com nossa trouxinha nele amarrada, ao fugirmos sorrateiramente de nossas casas.

"Abra as tuas asas!"

Este era apenas um de nossos sonhos. E "Tatáu" é quem aconselhava minha amiga a ser mais paciente em seus intentos infantis.

Mais uma coisa era certa. Nossas mães viviam afirmando que eu e "MAM" não eramos boas companhias para ela e vice-versa. E refletindo sobre este tema, pensando bem, acho que elas tinham razão. Não eramos mesmo boa companhia umas para as outras.

E tanto insistiram que atingiram o intento, conseguiram nos separar para que, vejam só (!), cada uma, arranjasse um "traste" e subisse no altar. Mas nós fomos criadas para sermos grandes poetisas, atletas ou pianistas! Fui criada para ser estrela, estudar, não para casar!

Bom, fui mais feliz, disseram todas pois, consegui escapar não só de subir ao altar mas, da fase do casório em que resta apenas a rotina da hipocrisia, de se ter que rezar para o marido iniciar um caso com a tua melhor amiga ou alguma vizinha.

P a s m e m!

Ouvi bastante que quando o amor acaba e a mulher é obrigada a permanecer ao lado do traste que escolheu, por falta de opção, a verdade é: "Maridos, não se iludam pois, muitas levantam as mãos para os céus e dão graças a "Deus" se aparecer por perto alguma boa vizinha para cuidar de você que se tornou um velho bêbado, traidor ou cafajeste que ela há tanto tempo atura mas na verdade não quer mais!" 

Rezam para se livrar de ter de escutar àquelas velhas e idiotas gracinhas que elas próprias já fizeram parte mas se cansaram de tanto ouvir do traste que as levou ao altar.


Clamam a "Deus": "Pode levar! Já cansei! Você não quer? Era um lindo Romeu! Agora ninguém mais o quer! Que coincidência! Nem eu!"

Mas antes partiu "Tatáu", um idoso senhor solteiro de cabelos bem branquinhos. Iniciava-se uma era de despedidas. Partiram, também, "Vó-Azinha", "Toninho", filho de meu padrinho, "Alan", um amigo de escola, para nunca mais voltar. Ah! Estes dois morreram muito jovens, igual o marido da vizinha que tinha dois filhos e trabalhava no jockey.

Grande contradição, a cada despedida, nossas mães não mais sorriam, embora a pregação fosse a de que cumpriram a missão e estariam felizes ao lado de Cristo. Choravam, ficavam infelizes, de lencinhos nas mãos e nos seus narizes!

E nas vésperas de alguém subir ao altar, a pregação da moda era que cada uma precisava viver a sua própria vida! E os integrantes da nova família gostavam de dizer: "Agora ela é nossa! Se afaste! Não venha mais nos ver!"

Como se crescer junto, amor ou amizade fosse uma disputa de ping pong, pregação ou ladroagem ...

E nossas mães pregavam que nós precisavamos nos separar e cada qual conhecer o outro lado do mundo. Mundo meu que, eu no seu não mais existo, no meu você não faz mais parte.

É a nova pregação, cantam os novos "padres"!

Tempos depois mas, muito tempo depois mesmo, de uma rápida visitinha, me questionam o porquê não fico mais um pouquinho: "Fique! Não vá embora! Olha prá mim? Você não é o Dom Pedro proclamando a República e rompendo os laços com Portugal mas, agora é fique! Volte!"

Pensei, antes de dizer ...

"Nossa! 

Sinto muito! 

Vocês estão doentes? 

Alguma coisa está errada! 

Algo doi? 

Precisam de mim? 

aaaAh! Que pena.

Mas agora sou eu é que não posso mais.

Na verdade é não os quero mais.

Tenho uma sarjeta para conhecer. 

Aquela sarjeta suja e imunda.

Aquela que você um dia me indicou.

Tenho também o outro lado do mundo ainda para ler. 

Não que eu não queira te cuidar em seu leito de morte.

Não, não é isto. 

Agora que você quedou-se doente. 

Olhe em seu redor.

Ainda tem bastante gente. 

Nem quero ficar como você.

Com as minhas mãos latejando.

Nem com elas tortas ou doentes.

Depois de tanto tricotar.

Tantos sapatinhos, casaquinhos, toalhas e vestidinhos.

Não vou morrer de tantas carroças pilotar.

Nem de tanto me abaixar para tua grama cortar. 

Não que eu não te queira mais como companhia. 

Não, não é isto! 

Mas a verdade é que pode mesmo me mandar embora.

Para mim não tem mais importância. 

Não quero mais ficar te escutando por cima de muros.

Ouvir as tuas conversas sem sentido ou idiotas. 

É. É a verdade. Não quero.


Não quero ouvir mais pregação alguma.

Isto já não me convence mais. 

Já não mais tenho àqueles velhos vícios. 

Não, não fique triste.

Não é o fim do mundo. 

Nem o apocalipse. 

Tudo era apenas uma grande mentira. 

É apenas o fim das contas.

Reflita bem. 

Eu é que fui abandonada.


Pelas razões que sabemos.

E não se esqueça delas. 

Para não ter que de novo me abandonar. 

Desista de mim. 

Tão facilmente. 

Muito gentilmente. 


Graças que sem "rodeios".

Me mande mesmo embora. 

Você se lembra? 

Abril é a porta. 

A serventia da casa.

Sou janeiro, igual dezembro.

E quem é janeiro também não volta.