domingo, 22 de novembro de 2009

PÁSSAROS NA ILHA DO GOVERNADOR

Por questões filosóficas, em meados de 1986, intencionava escrever uma peça teatral cujo título seria "Eu quero abraçar o ser terrestre".

Meus personagens principais, o passáro PX e o pássaro PY.

A apresentação se iniciaria com o nascimento de muitos pássaros.

PX seria melancólico.

PY seria um pássaro no ápice da felicidade suprema.

A intenção seria reproduzir a fusão dos "dez estados" proclamados por uma filosofia de vida, a budista, "sensação" esta que creio pude sentir, a da felicidade suprema, ao fazer uma meditação quase vinte anos após dar início aos meus primeiros passos no estudo da filosofia que me foi re-apresentada por um carioca da Ilha do Governador.

Na verdade, tive contato com a filosofia budista muito criança e a reencontrei muitos anos depois ...

Não, não é sentir alegria.

Não, não é rir, puramente.

É um sentimento indescritível.

Uma felicidade tão profunda que não consigo traduzi-la em palavras.

Nesta época não me passava pela mente, em momento algum, as origens religiosas de Guttemberg Guarabyra. Confesso que nada sei em respeito as de Luiz Carlos de Sá e nem as de Zé Rodrix.

Não redigi integralmente o texto, embora tenha escrito o poema que levaria o título da peça, "Eu quero abraçar o ser terrestre", que na realidade, escrito com base na filosofia budista, nos levaria aos abraços de Jesus Cristo, além de ter feito o esboço de cada ato que refletiria os "sentimentos" de vida divulgados no budismo sob minha ótica.

Resumidamente, para representar o conjunto dos estados de vida, a peça terminaria com uma fusão "simbólica" da mente dos pássaros, caracterizando a "comunicação telepática" entre os seres vivos dentro e fora do planeta, sensação esta que senti, como disse, em meio de uma das muitas meditações que fiz ao longo destes anos.

Estou trazendo este assunto aqui no baile do Clube de Sá, Rodrix & Guarabyra pois, ao assistir o vídeo contendo a participação mais do que especial de Guarabyra no lançamento do CD "Minha Ciranda", de Ana LEE, o endereço da apresentação termina, coincidentemente, com as iniciais do nome de um dos meus personagens, o pássaro "PY".

http://www.youtube.com/watch?v=t5CAPPmELpY

Apresentação esta ocorrida no SESC Ipiranga, berço da minha história de vida.

Ah! Não deixarei de mencionar que, naqueles tempos, muito jovem que era, a idéia surgiu após ouvir a canção "Pássaros" e as contidas no vinil que leva o nome "Harmonia", expressão que é título de matéria na teoria musical que aprendi quando muito criança.

Sempre achei Guarabyra com "cara" de maestro.

Só não gostei de ler que eu, como fã, sob sua visão, faço parte de um gado.

Não escrevi a peça, propriamente dita.

Apenas a idealizei em minha mente.

Não pratico mais o budismo, religião ou filosofia de vida alguma.

Estou aqui esperando que algum ET desça das muitas estrelas que estão no universo.

Devo comentar que hoje, muitas vezes, escutei a frase "que parece que estou carregando os pecados do mundo" e isto me levou a meditar sobre as razões de eventuais hostilidades que sofremos na vida, aparentemente, sem causa.

Realmente, sem causa direta, talvez a razão da afirmação - "que parece que estou carregando os pecados do mundo", frase de cunho subjetivo e que somente o seu autor poderá me esclarecer.

Ontem, recebi um recadinho de Lia Santiago, minha mais recente amiga, cover de Rita LEE, me incentivando a "abraçar o ser terrestre" e isto fez com que me predispusesse a recordar desta passagem de minha vida, ao som de Sá, Rodrix & Guarabyra, um "trio elétrico" que me anima a dançar.

São as coincidências na vida ou coisas nela ...

Divulguei bastante este diário aos engenheiros da eletricidade!

E deixo aqui uma pergunta, ... se o choque traz um ser vivo de volta à vida, ... porque você foge ou tem medo dele?

Ei! Não me hostilize gratuitamente.

Não conheço os seus pecados.

Não me culpe por eles.

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