segunda-feira, 26 de outubro de 2009

MEU CADERNO E MEUS ÍDOLOS

Todos têm um ao menos na lembrança.

O meu tinha a imagem de um patinho na capa.

Mas o embalei com papel areia.

Escrevi muitas coisas nele.

Numerei as páginas.

O que me inspirava à escrita eram as canções de Sá, Rodrix & Guarabyra.

Gostava de colocar um vinil, rotação 78, e escrever no meu caderno.

Não me recordo o que tinha na página 78 daquele diário.

Interessante que nossas postagens são numeradas.

Como as cadeiras nos estádios de futebol.

Esta noite sonhei com Roberto e Wanderléa.

Eles estavam comentando a vontade de Wanderléa em estar nos palcos de Roberto Carlos.

Ela respondeu que tinha desejado muito a apresentação.

Ao iniciar esta postagem, na realidade eu queria muito era recordar do encontro que tive com Sá & Guarabyra no camarim do Memorial da América Latina.

Enquanto Sá estava rodeado de fãs, consegui fotografar ao lado de Guarabyra.

Pisando em solo paulista em sequência do término de uma visita à São Thomé das Letras, na esperança de encontrarmos ovnis e et's, assistimos a dupla no Memorial.

Estivemos na gruta do Sobradinho!

Não preciso dizer que falei deles a viagem inteira.

Como em uma partida de futebol, encerrada a apresentação, driblando os seguranças, acessamos o camarim.

Entrei em estado de choque diante de Sá & Guarabyra e da platéia que me acompanhou ao show.

Imagine a cena...

Todos os meus amigos que sabiam do meu amor por eles, esperando o desencadear do blá blá blá que iria trocar com o Dr. Pereira e o Guttemberg.

Gaguejando falei qualquer coisa para Sá, rodeado de fãs.

Pedi para tirar uma fotografia ao lado do Guttemberg.

Foto esta que atingiu a fama em minha família, no escritório, perante meus amigos ...

Ao término da foto e à despedida de Guarabyra, debochando de meu encontro, meus amigos questionaram o porquê não agarrara meus ídolos...

Sorri tímida.

Alcançado o sucesso, a fotografia desapareceu de minha mesa de trabalho na Rua Sete de Abril, 255, 11o andar.

Certamente, alguma fã enciumada de Guarabyra.

Meu pai, violeiro, gaitista, sanfoneiro, pianista, um tocador de qualquer instrumento que lhe entregassem nas mãos, dava risada e indicava a foto para seus amigos.

Falava para seus colegas que este era o namorado da filha.

Respondia, ... é o Guarabyra, o cara dos meus discos!

Que cara feio, dizia.

Fala para ele arrumar seus cabelos.

Sonhei com a Wanderléia.

Espero que Sá & Guarabyra estejam nos palcos com Roberto e ela.

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