segunda-feira, 5 de outubro de 2009

PROGRAMA DE CALOUROS DE GENTE FAMOSA

Para não dizer Festival.

Estava aqui lendo o diário do Guarabyra, na parte em que ele relembra o Programa de Calouros de Ary Barroso na Rádio Nacional e creio que está na hora de editarem algo que se pareça um pouco com os saudosos Festivais de Música Brasileira.

Vem ai os Calouros das Olimpíadas, algo parecido com a idéia lançada na novela Paraíso (Agora!), da Rede Globo de Televisão, em que os personagens da estória participam de um festival.

Seria bem interessante o povo decidir, através do 0800, se uma canção da dupla Sá & Guarabyra merece ser um dos temas nas Olimpíadas de 2016.

Mas, na realidade, ao ler o texto escrito pelo amado Guarabyra, lembrei de um festival que participei nos tempos de colégio.

I 'm happy very bode.

Uma sátira composta por meu falecido amigo Celso de Oliveira Giacchetta.

Não me recordo da letra inteira, mas era mais ou menos assim ...

"Eu vim lá de Pernambuco,

com a roupa cheirando a bode,

no bolso trazia um trabuco,

Ser cabra macho é pra quem pode!

I 'm very happy bode.

I 'm very happy bode,

I 'm very happy bode,

Ser cabra macho é prá quem pode!"

Éramos os favoritos.

E como em todo festival, ... muita gente vaiando.

Quem não era da turma que tinha a maior torcida, não conseguia ouvir o retorno dos instrumentos ou da voz, tamanha era a gritaria no teatro.

Idéia!

Consegui do baterista da banda concorrente a camiseta da torcida gritona.

Êba!

Vesti a camiseta.

Subimos no palco e ninguém vaiou.

Bons presságios.

O nosso forró.

Música favorita!

Entretanto, tinha que ter um entretanto!

Ao subirmos no palco, violão na mão, baterista engatilhado, vocais ensaiadíssimos, as caixas de som estouraram...

Putz!

Depois de aguardar o conserto por mais de uma hora, nosso baterista disse adeus.


Não, não, não ...


Sinto muito, vocês vão bancar meu cachet do barzinho que vou tocar?


Não, não, não ...


Convenci o baterista da camiseta a tocar no lugar do nosso.

Que idiota fui.

Nosso forró virou um rock in roll e acabou em menos de trinta segundos.

Tive de cantar em super rotação.

Lembra quando escutávamos o vinil e a vitrola permitia que alterássemos a rotação do disco?

Pois é ...

Foi o que aconteceu.

Nada contra o ritmo.

Pelo contrário mas, tinhamos explicado que era um forró!

Apesar de termos ensaiado durante a substituição das caixas de som, o cara atropelou a canção favorita da noite.

Disse meu amigo, era um concorrente, né?

Teria sido melhor uma apresentação sem baterista.

A platéia não nos vaiou.

Também não aplaudiu muito.

Em respeito à camiseta laranja da unidade concorrente.

Nenhum comentário.

Favoritos que éramos.

Desclassificados.

A música da banda do baterista também não passou.

Restou a camiseta laranja pendurada por algum tempo no armário.

E os olhares!

De deboche dos colegas de turma da nossa unidade...

Nenhum comentário:

Postar um comentário