domingo, 10 de janeiro de 2010

"LEMBRAR DO QUE FOI BOM ... "

"Berê" dizia que Elis Regina era muito pedante, não gostava dela.

Discordavamos quando o assunto era a Pimentinha das Águas-de-Março.

Concordavamos, entretanto, quando o tema era Zé Rodrix.

Penso que para "Berê" a dupla Sá & Guarabyra não teve uma presença marcante.

Mas paira uma dúvida no ar.

Não sei bem ao certo quando me apaixonei pelas canções do povo de Minas.

Quando Milton cantou caçador de mim, não sei, talvez.

Antes.

Me dei conta que apesar de Sá, Rodrix & Guarabyra terem chegado primeiro em minha vida, na verdade foi com Cláudio Venturini, depois de uma apresentação do 14 BIS, com quem estive a primeira vez em um camarim ao lado de "Alê".

É o que me lembro. Um garoto super alto, olhar muito penetrante.

"Alê", também mineiro e violeiro, gostava de me fazer serestas com as canções de Flávinho, como ele gostava de chamar, o Venturini. Um violeiro especial que encontrei na vida.

Entre uma canção e outra, uma que dedilhava muito era "Nascente", ia me contando as histórias do Clube da Esquina e de seus amigos lá de Minas, de Belô. Qualquer dia vou te levar lá, prometia. Eu sorria.

Pensando em mudar os instrumentos, talvez dê mais sorte na vida, outro violeiro que teve uma presença marcante em minha história foi "Mano", um nortista, que executava com maestria as músicas de João Bosco. Incomparável sua batida nas cordas da viola.

Manoel, que me lembro toda a vez que escuto o "Audaz", de Toninho Horta e Fernando Brant, tal qual "Alexandre", não o mineiro, mas outro pernambucano com quem estive em uma viagem no Recife, conheceram duas garotas, ambas chamadas "Elisabete", com elas se casaram.

Coincidência!

Não sei se estão f-Elizas para sempre!


Um pouco na Vila Mariana, outro tantinho na República.

Entre Sting, Tavito, Roupa Nova, Boca Livre, Lô Borges, Flávinho Venturini, 14 BIS, na verdade, devo confessar, que estive apaixonada foi pelas canções de Beto Guedes. Namorei bastante tempo suas melodias ... Meditava embaixo de pirâmides.

- Betinho, vos digo que fiquei bastante contente quando conheci teu filho, o Gabriel Guedes, tocando as músicas do avô no SESC. Tinha que ser na Vila Maryanne!

Acho que todo mundo sabe que "Flávinho" teve uma participação muito especial na vida de Sá & Guarabyra e vice-versa.

Na minha também.

O engraçado é que foi ouvindo o Venturini, não Rita Lee, Titãs, Roberto Carlos ou Sá, Rodrix & Guarabyra, que caminhei mais de noventa quilometros em um único dia, encostei em uma árvore, com meus fones nos ouvidos e escutei:




De Aggeu Marques, com Flávio Venturini

Do álbum "Porque não tinhamos bicicleta"
 
Finjo não saber que o tempo passa logo.
Finjo pra tentar conter a minha dor.
Finjo não notar, mas toda noite choro.
Choro de saudade do que já se foi.
Ah, que bom seria se o tempo voltasse.
Prá fazer tudo de novo, meu amor!
É como se a vida nunca acabasse.
Reviver os passos seja como for.
Lembrar do que foi bom.
Mas também quero tropeçar nas mesmas pedras do caminho.
Refazer a mesma rota que o meu coração traçou.
Deixa eu voltar, quero voltar.
Entrar na máquina do tempo é só ilusão, eu sei.
Quero voltar, quero viver o mesmo sonho e de novo encontrar você.
Ah, que bom seria se o tempo voltasse.
Prá fazer tudo de novo, meu amor.
É como se a vida nunca acabasse.
Reviver os passos seja como for.
Lembrar do que foi bom.
Mas também quero tropeçar nas mesmas pedras do caminho.
Refazer a mesma rota que o meu coração traçou.
Deixa eu voltar, quero voltar, entrar na máquina do tempo é só ilusão eu sei.
Quero voltar.
Quero viver o mesmo sonho e de novo encontar você!
Quero voltar.
Entrar na maquina do tempo é só ilusão, eu sei.
Quero voltar.
Quero viver o mesmo sonho e de novo encontrar você.
Encontrar você ... você... de novo encontrar ... você ... você.

Go back!

Go Back!

I want to go back to Bahia!

Chove torrencialmente em Itanhaém.

Praia dos Sonhos!

Dom Rock Blue, me salve!

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