sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

VÓ QUE TEM AZINHA!

O dia amanhaceu sem lua.
O céu ficou "netuniano".
Depois de uma pancada de chuva.
Liberdade era sinônimo de brincar de escorregar na garagem da casa da Vó-Aurora.
Tristeza era ver o pequenino vizinho, com os olhos cheios de lágrimas, apesar de tanta vontade, querendo muito, ser impedido de comigo brincar.
Qual alternativa?
Correndo de encontro aos braços de Aurora para ser consolada.
Aaah! Vó-Aurora! Aaah! Vó-Aurora! Aaah! Vó-Aurora!
O fim da doce brincadeira não era por ninguém esperada.
Aqueles cruéis dedos femininos.
Apontavam a mim de exemplo aos meninos de forma tão amarga.
Como se brincar de escorregar na água que restou do temporal ...
Fosse causar um mau tamanho...
Fosse alguma coisa muito errada...
Estamos vivos, vó-Aurora?
Por gostar de brincar na chuva.
Fui cruelmente julgada? 

Samba da Aurora 

Composição: Luiz Carlos Sá

Eu vou ver raiar a Aurora.
Dentro desse violão.
Que junto comigo chora.
A saudade e a solidão.
Eu vou ver o sol e o dia.
Sem de tristeza dormir.
Pois morreu minha alegria.
No dia em que eu vi você partir.
E vou ver raiar a aurora.
Com o orvalho a me molhar.
E no orvalho um homem chora.
Que é que tem homem chorar?
Eu vou ver raiar a Aurora.
Esperando por você voltar.

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