quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

E A FESTA CONTINUA ...

Já que o mundo vai degelar, melhor opção é escutar a canção "lá se vão"!

Para que se preocupar?

O mundo vai degelar mesmo!

Falando de degelo, lembro de chuva-de-granizo e, vos digo que, era causa de extrema felicidade quando via os gelinhos caírem do céu, como aconteceu outro dia aqui em meu jardim, uma rápida chuvinha.

Lembro que a chuva invadia o ralo do quintal de nossa casa exatamente como ocorre no quintal de meu jardim mas, a água no sobradinho escoava facilmente por ser uma casa construída em uma ladeira.

Contava "IM" que "HM" teria sido muito inteligente ao escolher o sobradinho em uma rua íngrime e isto me lembra o carnaval e o frevo em Olinda!

Nossa rua levava o título de "vilinha" e melhor que clipe de Pink Floyd é pensar exatamente na canção "lá se vão" para relembrar a criançada em série se dirigindo para brincar em nossa rua.

Ruazinha tranquila não fosse o barulho da criançada rindo e brincando e sempre sem incomodar os vizinhos!

Eram carrinhos de rolemã, esconde-esconde, vitrolinhas, passa o anel, queimada, tantas outras brincadeiras. Mas a mais divertida era o esconde-esconde e a possibilidade de descermos acomodados nos para-choques dos carros dos vizinhos para vencermos a brincadeira.

Tive uma infância mais ou menos feliz e o cerne destes momentos de felicidade, o "X" da questão, é exatamente nossa "perua rural" rodando pelas estradas com "HM" em sua direção e sua tropa dentro dela para visitar seus parentes e seus "cumpadres", sua predileção pelos teclados, apesar de ser um tocador de ouvido de qualquer instrumento musical que lhe entregassem nas mãos.

Acho que o que me faz gostar de Sá, Rodrix & Guarabyra são as expressões que utilizam em suas melodias. Expressão de gente que é antiga.

Voltando do parêntesis, instrumentos dentre os quais meu pai tocava, um violão que foi presente de seus colegas de sua profissão de seresteiro até optar por trabalhar nas estradas-de-ferro.

Contava-me "HM" que tinha esperança de que voltassem a ser ativadas!

Meu pai era um gênio.

E todos o queriam como pai, esse era o principal problema.

Queriam roubá-lo da "IM" e de seus filhos pequenos que se divirtiam com suas aventuras e piadas. Mas como dizia meu pai para mim, "as minhas reais moedinhas", as minhas histórias, minhas lembranças, o meu saber, minha inteligência, os meus dons naturais, estas moedinhas que conquistei na vida, nunca, isto ninguém poderá me furtar.

Mas voltando ao tema "chuva-de-granizo", não me recordo a verdadeira razão mas "HM" colocava seus baldes para recolher a água-de-chuva e vivia parando para recolher água de biquinhas. A justificativa seria que aquela água era o "melhor combustível" para o radiador de sua "rural".

Depois de abastecê-lo, iamos para r-Itapeva visitar nossa vó-A Júlia.

Um fim-de-semana na casa da vó-Aurora, outro na dos parentes em r-Itapeva.

Falando de vós-A, devo creditar o A para algumas pessoas.

A primeira que receberá meu crédito de boas lembranças é Isabel, quem me ensinou o be-a-bá. A professora dizia que apesar do "ó", a palavra era um substantivo feminino que levava uma bonitinha peninha em seu chapéu, o acento agudo, enquanto que o vô tinha um chapeuzão, o acento circunflexo.

E esta é a "pena verde no chapéu".

Isabel também foi quem me ensinou a desenhar uma cadeirinha quando escrevia a palavra homem. Dizia ela que nunca mais nos esqueceriamos que a palavra homem deve ser escrita com o "h" antes do "o". Uma cadeirinha, se lembrem! Realmente, de Isabel me lembro de patinhos e de muitas outras coisas mais!

Recordo, também, que para distinguir a direita da esquerda, deveria me lembrar da mão que utilizava para escrever. O problema passou a ser quando descobri que sou ambidestra. Escrevo com as duas.

A segunda, é a Norma Lima, que me fez recordar das boas lembranças de Isabel, do A que me ensinaram das vovós-A-zinhas.

E alie-se todos estes créditos do "A" às inúmeras canções de Sá, RodriX & Guarabyra mas, em especial a música Marimbondo, que também tem uma "Zazá", tal qual uma canção da Rita Lee que fala de uma mocinha seguindo um trio elétrico!

Bem, durante a edição deste post, não sei se o SESC SP, tá querendo me conectar mas, deu um curto-circuito aqui e perdi uma parte do que havia digitado!

Digitando de lembranças, tudo novamente, continuando mais ou menos do ponto em que parei, lembro que tinha digitado que meu pai, o "HM", me ensinara os primeiros passos do vegetarianismo ao me ensinar que: "nunca morda um pedaço de carne-de-porco". Tudo isto aliado ao fato de sermos descendentes de indígenas e de que o canibalismo fora abolido de nossas vidas!

E, também, pelo fato de que JC, passagem bíblica que encaro como uma tremenda contradição pois, porcos e cobras, tal qual perus e outros, seriam frutos de obra divina, enviara os "demos" de um louco aos leitõezinhos que saíram em disparada às águas de um rio.

Portanto, porcos seriam redutos dos loucos, então, não os coma!

Além do mais, expressão que "HM" gostava de usar em suas redações, para definitivamente convencer você a não comer os leitõezinhos, lembre-se do lobo mau querendo destruir a casa dos três porquinhos para comê-los!

Pois é, alguns lobos maus, por inveja ou não, não sei, destruíram a nossa felicidade.

E a "IM" passou a fazer muitos sapatinhos, casaquinhos, toalhinhas e vestidinhos e a cuidar de gente que dela só queria se aproveitar. E da gente, adolescente ou ainda criança, de nós ela se esqueceu para ouvir alguns desaforos nas casas dos outros, enquanto a faziam de criada, por ter sido uma "largada" ou a ¨desquitada" da vez em época que a humanidade tinha língua mais do que ferina e era mais do que maldosa.

E ai você pergunta: "Qual é o X do sobrenome, opa, da questão?"

E eu te respondo:  "Me dá um gelinho, aí! Estupidamente gelada ou não, não beba nestas festas de fim-de-ano pois, quem é alcóolatra nunca bebe com moderação. Melhor é fazer como criança, escutar "lá se vão" e digitar suas histórias de infância".

Enquanto nossa "rural" esteve na estrada, "HM" e "IM" com sua tropa dentro dela, eram felizes.

Não destrua o rock alheio.

Se for beber ou ter inveja, componha o teu.

Boas festas!

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