sábado, 19 de dezembro de 2009

SAVINIEN DE CYRANO DE BERGERAC

Interessante que meus familiares gostavam de chamar "WM" de Savinien de Cyrano de Bergerac.

"WM" tinha um lindo nariz, tal qual Cyrano ...

O ano de Bergerac também foi o 16.

E 16 trouxe muitos acontecimentos em minha vida.

Ano em que "WM" e eu nos separamos pela primeira vez.

Eu e "Berê" duelamos frente a frente.

Não mais os teclados de nossos pianos.

Mas o de um moderno CY.

Não era uma boneca.

Uma linda i-BM.

Nossa amizade era imensa.

Compartilhamos muitas coisas.

Nossas bonecas.

Nossas moedas.

Passeios por bairros distantes.

Nossas apresentações.

Nossos pianos.

Muitas escalas.

Pais, irmãos, Tatáu e mães.

Notas musicais.

Nosso maestro.

Máquinas de escrever.

Alguns contos.

Nossos empregos.

Nosso patrão.

Brincavamos de digitar.

Muitos amigos.

Não eram mais partituras.

Foram muitas releases.

Cinquenta, muitas mais.

Nossos dias inteiros.

Recortavamos jornais.

Ele morreu!

O João e o Paulo.

Era o primeiro.

Mas nossas realeses foram publicadas.

Muitas revistas.

No setor das fofocas dos jornais.

E ficamos contentes.

Aprendi a socorrer um epilético estendido na sarjeta.

Com gente quase que vomitando diante do espetáculo.


De um doente e uma adolescente.

Das minhas mãos segurando um maxilar frenético.

Ajudando a conter o tremor da escala Ritcher.

Na Praça da República.

Um vulcão esbaforindo uma baba quente.

Com muita gente ao redor nervosa ou gritando.

"Não toque na baba!"

Beethoven foi o que toquei.


"É vírus, pega!"

Não é uma música da Lee.

Nem peça de teatro ou partitura.

Era um comprimido que toquei em seu bolso.

"Você é uma criança!"

Sem nenhuma instrução toquei um epilético doente.

"Não faça isto!"

Segui as instruções da partitura.

Não era um simples mi.

Era mi complexo, um bemol é acidente.


"Melhor deixar morrer!"

Não era dia do galope, nem do diabo.

Nem de Marcha Fúnebre.

"Ai, Ai, Ai, cuidado!"

Não tropecei no palco.

Meu maestro ficou do lado.

"Você também vai ficar doente!"

Vidros explodiram na minha frente.

Mas alguém me socorreu.

A polícia!

Novamente.

Como indicado.

Procure!

O maior de seus casos.

Vidrinho nos bolsos localizado.

Ministrei!

O remédio por debaixo da língua e dentes.

O epilético voltou.

Foi embora dançando.

Acho melhor dizer cambaleando.

Diga que o epilético sorriu mostrando lindos dentes.

E que o "WM" não gostou de saber.

De te ver em vestido de veludo.

Que ele gostava de calça jeans.

Que queria a "EM" dentro de casa o esperando.

Que você não concordou.

No Rosevelt não estudou.

Que o "W" arrumou outra.

Ele era um caminho.

Uma grande direção.

Provisoriamente te abandonou.

E o ano era o 16.

Meu patrão não ficou feliz.

De ver teu rostinho costurado.

Ah! Diz emendado?

Liga a constituição e uma reforma.


E a "Berê" foi embora.

E "WM" te pediu perdão.

Carregada foi ao cinema.


Que também não mais existe.

Ninguém o frequentava!

Nenhum filme mais passava.


Alguém o derrubou.

Aaaah Cyrano ou "WM"!

Me conte sobre "A morte da Agripina!"

Ai que dor de cabeça!

Deixe cair em sua fronte água quente.

Nossa que sina!

E tudo aconteceu naquela esquina.

Todos admiraram uma adolescente.

Vamos brincar de rir?

E todos se danavam.

Rime esquina com dente.

Siga em frente!

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