quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

UM ROCK PARA O NOEL

Ouvi alguém comentar que precisam de histórias para noites de natal.

Jingle bell.

Fantasiei-me, como muita gente faz, em muitas oportunidades.

Por muitos motivos, não deveria gostar e explicarei logo adiante a razão mas, a fantasia que mais amei vestir foi a do Natal Animal em 2003. Criei um endereço eletrônico especialmente para prestigiar os inúmeros animais pobres, carentes e abandonados pelo mundo.

Criei, também, o Vovó Elisa!

Uma VoVó Noel especial.

E estava novamente feliz!

Muito alegre e contente.

Participando de uma lista aqui, outra lista ali, descobri que as pessoas se sensibilizam com o sofrimento de crianças e idosos e que os pobres animais estariam relegados a último plano.

Isto se sobrar algo!

Não é incomum nos depararmos com animais nas ruas tentando remover os sacos de lixo que aguardam serem recolhidos pelos que não estudaram ou, não tiveram sorte na vida, para encontrarem as sobras das refeições.

E participei também d'outra lista de discussão, a do lixo que você não quer mais não!

Hum ...

Poucos deram atenção ao tema quando coloquei o assunto projeto para angariar fundos para "animais" em pauta e alguns afirmaram que a humanidade se sensibilizaria mais com o sofrimento infantil.

As pessoas gostam de ajudar pessoas que estão sofrendo.

Depois da aceitação do sofrimento infantil, vem a simpatia pelo sofrimento do idoso. Animais, não tenham muitas esperanças, quase sempre é não! Frase que aprendi nestes grupos de discussão mas fui avante, não desisti.

E minha estréia em listas de proteção aos animais ocorreu em virtude da morte de minha amiga "Bolacha". Uma enorme cadela bem tratada, que adorava comer dois pãezinhos diários, de amamentar, de brincar e dormir com os gatos, de correr com a Bela.

Despediu-se de mim que estava ao volante, tentando encaminhá-la a um especialista da área veterinária, depois de ouvir de um que tinha cara de recém-formado, de que não poderia atendê-la pois, fechando as portas do estabelecimento comercial que estava, afirmou que já era muito tarde, hoje não vou socorrer mais nenhum cão.

Não resistiu.

Quando finalmente encontrei uma clínica que tinha balões de oxigênio de que necessitava e para lá me encaminhava, "Bolacha" se aproximou para, ao me afucinhar o braço, receber carinho e uma palavra de conforto, partir em busca de sua verdadeira felicidade em algum lugar no sideral espaço.

Depois disto, de me agarrar ao seu corpo, de gritar inconformada com sua inesperada partida, de derramar muitas lágrimas, participei de inúmeros grupos de ajuda a animais carentes.

Bati de porta em porta estendendo a mão para receber alguns sacos, não de lixo mas, de ração para levar aos abrigos de animais e segurei algumas faixas de protestos nas avenidas e centro de controles de zoonoses ao lado de minhas duas filhas, a "TIM" e a "MHM".

E o natal se aproxima!

Nem todos puderam ser alimentados ou receberam um gesto de carinho, um copo d'água ou um prato de comida.

O sofrimento de alguns, nem sempre se vê, fica nas entrelinhas.

Ouvi de uma senhora que estava em uma feira-de-adoção que para meus animaizinhos serem adotados é preciso que eu não os queira mais, não!

Melziiinha!

Tinha a Zequinha.

Pretiiinho!

Também a Flexinha!

Loirãããão!

Que não estão mais aqui comigo, não.

Chaneeeel!

Todos já se foram.

Restam apenas as lembranças de um natal.

E vos digo que é o que você lá no fundo deseja ou sente.

Não fique feliz em ajudar animais pobres, abandonados e carentes.

Concordo, aquela mulher tinha razão.


Não quero que eles existam.

Não quero ver pelas ruas animais caminhando tristes, cansados, abandonados nas sarjetas sujas e imundas, bebendo água das ruas ou procurando por grãos de comida em sacos. Quero que estejam amparados, não sejam mais pobres, nem que estejam carentes ou doentes.

Nestas festas de fim-de-ano, se encontrar algum bichinho triste pela rua, faça-o feliz.

Se puder leve-o para sua casa, se não puder, lhe dê um pote de água ou um prato de ração.

Mas o que ele quer mesmo depois de receber um pouquinho de água ou de comida, é um gesto de carinho, um pouco da sua atenção!

Isto também aprendi ouvindo algumas canções de Roberto Carlos, Rita Lee, Titãs, de Noel Rosa e Sá, RodriX & Guarabyra.

O Natal Animal te deseja, mais uma vez, boas festas de fim-de-ano.

Estamos em 2009, não mais em 2003.

Com muito amor, são os votos Também da VoVó Elisa.

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