quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

SORRIA! SOU MESMO RIDÍCULA! E DAí?

Meu professor, o prêmio "Nó", fazia questão de repetir que "para ser um doutor em todas as ciências seria indispensável conhecer a definição das palavras. Compre um dicionário", recomendava.


Brinquei bastante ao lado da "IM", que gostava de decifrar palavras cruzadas e nos perguntava sobre o conceito disto ou daquilo mas, quando perguntava algo para o "HM", a resposta sempre era a mesma: "Consulte o pai dos burros!".


E lá ia a "EM" perguntar ao cavalo: "qual o conceito de patada?!?"


Minha irmã mais velha foi mais longe, deixou a coleção Rebeca de lado, pensou em antônimos e sinônimos e criou um dicionário.


Rá, rá, rá!


Já "WM" gostava de indicar sua irmã, sorrindo, ao vê-la com o "cavalo" nas mãos. "Regina" ficava decorando palavras e definições contidas no seu dicionário, enquanto eu e "WM" no sofá da sala namorando.


O sofá sempre é parte no cenário.


O baú, também.


Não é o marimbondo mas uma pomba é que está fazendo um ninho em meu telhado.


Estava aqui pensando sobre um trabalho de pesquisa que fiz tempos atrás. No meio do trabalho, de pesquisadora ou "entrevistadora", virei verificadora. O assunto era um produto de higiene pessoal: o "aquisi".


Entretanto, dentro de uma visão "xa, xe, xi, xo, xu", eu pronunciava "axé" e não "aquisi". A minha pronúncia foi motivo de deboche por todas as salas do instituto de pesquisa. Verificando os dados da entrevista através do telefone, todos me ridicularizaram ao corrigirem a minha santa ignorância na pronúncia do "axé".


Nossa!


Onde já se viu falar "axé", entrevistadores, supervisores e dono de instituto me ridicularizavam! Minha lua conjunto netuno exacerbada por Júpiter ficou triste e chorou muito neste dia.


Meses depois, o "axé", que naquele dia ainda não era notícia de ritmo musical na Bahia, foi reintroduzido no cenário musical, virando moda. Alguns questionaram se meu erro de pronúncia teria alguma relação com aquilo que titulam de, digamos, "em sintonia" com o que estaria acontecendo nos bastidores da música.


Poucos têm conhecimento mas o "axé" também é filosofia de vida, além de saudação religiosa, existindo bem AC do "aquisi" e do "axé da Bahia".


Música se misturando com religiões ou filosofias de vida!


Antenada ou em sintonia.


Se já existia, foi reintroduzido, não introduzido, no cenário musical.


Sempre que alguém tenta ridicularizar ou desdenhar o que faço, me recordo do que aprendi nas carteiras de "Isabel" em respeito da pronúncia do "xa, xe, xi, xo, xu" e de que o "axé", que já existia, extrapolou os limites da Bahia.


Rá, rá, rá!


Na verdade, diria a revisora "Maria Luisa", a minha tia: "não coloque acento agudo no "é" do "axe". Segundo seus ensinamentos, este acento é, que acentuado é verbo, dispensável em se considerando a própria pronúncia do "e" que se faz presente nas vogais "a, e, i, o, u". Quando pronunciamos o "a, e, i, o, u", o som do "e", o que é natural nas vogais, já tem a sonorização do acento agudo.

À exceção do "é" verbal, "Maria Luisa" tinha como mais profundo desejo derrubar todos os acentos no "e" vogal. Dizia que era acento desnecessário, etetera e tal.


Nasce, então, uma reforma ortográfica, para retirar o acento pelo menos do ritmo musical.


E se é ritmo musical, o "axe", sem acento, é melhor para dançar!


Rá, rá, rá!


Não sei se o "Ziriguidum Tcham" de Sá & Guarabyra veio AC ou DC do "É o Tcham" mas a verdade é que não aprecio o "É o Tcham" mas, gosto do Sá, do Zé e do Guarabyra.


Diante da escolha da sigla do nome das minhas filhas, "MHM" e "TIM", alguém se riscaria a perguntar porque não menciono o Tim Maia com mais frequência em meus diários. Respondo que quando fiz a escolha não estava pensando propriamente no Tim, nem no Naim, mas "na-IM", a "Isaura". Porque só lembrar do TIM, se tivemos também um NAIM?


Depois que acrescentei o T na frente do IM é que vi que a sigla ficava a-TIM.


Passei algum tempo das madrugadas nos "HM-s" com "a-TIM".


Então, quando pensei nos nomes, não pensei só em nomes mas, também, em siglas.


"MHM" e "TIM" gostavam muito de assistir o Castelo Rá-Tim-Bum mas, porém, contudo, todavia, ..., música que aprendi com "Helena" na escola para decorar estes pronomes, que a Rita Lee também canta na letra da Saúde (a-TIM e a-MHM), foi assistindo o Altas Horas que me lembrei da Canção dos Piratas, de Sá & Guarabyra ou, vice-versa.


Serginho Groisman, com certeza, escutou o Já-pão!


"Hoje o tempo parece tranquilo.


Uma brisa soprada de leve, ahey, ahey.


Hoje o mar mais parece um espelho refletindo bonecos de neve, ahey ahey.


Diz o capitão que amanhã de manhã, se continuar essa viração, nós vamos chegar ao mar do Japão.

Japão, ahey, ahey, ahey, yohá".


"Porque sim não é resposta", você se lembra?


Então, se pensar na Saúde da Rita Lee, a-TiiiiIM, a Rainha é a cura!


Com licença, o Machado de Assis ou minha tia Maria Luisa estão sempre tentando me antenar!

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